Fidel
Soldado de las Ideas
A conduta e as ações de resposta de Cuba face às provocações do império serão absolutamente pacíficas, mas bateremos com toda a força da nossa moral e estaremos dispostos a derramar até a última gota de sangue perante qualquer agressão bélica do império revolto e brutal que nos ameaça. Ninguém esqueça um instante aquela grandiosa promessa do Titão de Bronze: “Quem tentar apoderar-se de Cuba recolherá o pó do seu solo alagado em sangue, se não perecer na luta”.
Não tentarei explicar como era a vida na província de Pinar del Río. Pagamento forçado da renda até mais de 30% do valor dos produtos dos camponeses, latifúndio, precarismo, desemprego, exploração impiedosa do povo, analfabetismo, elevada mortalidade infantil, ausência quase total de atendimento médico e educacional, falta de água e de serviços públicos elementares. Até o triunfo da Revolução era conhecida como a Gata Borralheira de Cuba.
As bases, a concepção, os verdadeiros propósitos, os ânimos e as condições para tal guerra foram se estabelecendo de maneira precipitada nos últimos dias. Ninguém poderia afirmar que não era algo pensado há certo tempo e que só esperava uma oportunidade. Aqueles que, depois do chamado fim da guerra fria, continuaram armando-se até os dentes e desenvolvendo os mais sofisticados meios para matar e exterminar seres humanos, estavam conscientes de que a inversão de fabulosas somas em gastos militares daria a eles o privilégio de impor um domínio completo e total sobre os demais povos do mundo. Os ideólogos do sistema imperialista sabiam bem o que faziam e para que faziam.
Com grande otimismo e segurança no brilhante futuro econômico do país, inauguramos hoje este hotel e este pólo turístico, para um turismo de paz, de saúde e de segurança, do qual possam desfrutar crianças e famílias, jovens, adultos e pessoas da terceira idade; para um turismo de recreação saudável, cultura e descanso; para um turismo sem cassinos, nem jogos; para um turismo sem desempregados, nem mendigos; para um turismo sem drogas, nem delitos, no país que, a passos de gigante, avança já de maneira irrefreável em direção a uma cultura geral integral.
Eu não mereço a imensa honra da Ordem que vocês me outorgaram na tarde de hoje. Só em nome de um povo que com sua luta heróica frente ao poderoso império está demonstrando que os sonhos de Bolívar e Martí são possíveis, eu a recebo.
Avante, porta-bandeiras invencíveis de tão nobre profissão, demonstrando que todo o ouro do mundo não pode dobrar a consciência dum verdadeiro guardião da saúde e da vida, prestes a marchar para qualquer país onde seja necessário, e convencido de que um mundo melhor é possível!
Agradeço imenso a amável e generosa carta do Diretor Geral da UNESCO, senhor Koichiro Matsuura, recebida em dias recentes, onde nos informa textualmente: "na reunião realizada em Paris de 1º até 5 de julho de 2002, o Júri do Prêmio Internacional de Alfabetização Internacional decidiu outorgar uma menção honorífica do Prêmio Internacional «Rei Sejong» ao Processo de alfabetização da mídia; uma alternativa para países subdesenvolvidos, de Cuba."
A brigada “Henry Reeve” foi constituída, e quaisquer que seja a tarefa que vocês desempenhem em qualquer canto do mundo ou em nossa própria pátria, levarão sempre a glória da resposta valente e digna que deram ao apelo de solidariedade ao povo irmão dos Estados Unidos, e especialmente a seus filhos mais humildes.
Vivemos tempos muito difíceis. Nos mêses recentes temos ouvido mais de uma vez palavras e conceitos arrepiantes. No discurso proferido perante os cadetes de West Point, no dia primeiro de Junho de 2002, o presidente dos Estados Unidos da América declarou: "A Nossa segurança vai requerir que transformemos à força militar que vocês dirigirão numa força militar que deve estar pronta para atacar imediatamente em qualquer escuro canto do mundo.
Nesse mesmo dia proclamou a doutrina da guerra preventiva e por surpresa, algo que ninguém fez jamais na história política do mundo. Meses depois ao se referir à quase segura e desnecessária ação militar contra o Iraque, afirmou: "...se nos abrigam à guerra, vamos lutar com todo o poderio das nossas forças armadas".
Estamos convencidos de que o processo de necessária revitalização do nosso Movimento em que nos temos empenhado, permitir-nos-á recuperar a dinâmica e a força imprescindíveis para encarar os desafios e os perigos do mundo de hoje, e retomar para os Países Não-Alinhados o papel que nos corresponde na esfera internacional, que logo cobrará um novo impulso sob a liderança de um homem tão brilhante e capaz como o Primeiro-Ministro de Malásia, respeitado, reconhecido e admirado por todos, Mahathir bin Mohamad.
Páginas