Fidel
Soldado de las Ideas
Uma idéia básica ocupava minha mente desde meus velhos tempos de socialista utópico. Partia da nada com as simples noções do bem e do mal que a cada qual lhe inculca a sociedade em que nasce, pleno de instintos e carente de valores que os pais, nomeadamente as mães, começam a plantar em qualquer sociedade e época.
Há apenas uns dias, uma pessoa amiga me enviou o texto de uma declaração da empresa Gallup, famosa firma de enquetes dos Estados Unidos. Comecei a ler o material com a natural desconfiança pela informação mentirosa e hipócrita que usualmente se emprega contra nossa pátria.
Não seria honesto de minha parte guardar silêncio depois do discurso de Obama na tarde de 23 de maio perante a Fundação Cubano‑Americana, criada por Ronald Reagan. Escutei-o, tal e como fiz com o de McCain e o de Bush. Não guardo rancor relativamente a sua pessoa, porque não tem sido responsável dos crimes cometidos contra Cuba e contra a humanidade. Se o defendesse, lhes faria um enorme favor a seus adversários. Portanto, não temo criticá-lo e expressar com franqueza meus pontos de vista sobre suas palavras.
A gente julga que não há tema que valha a pena ser comentado sem aborrecer os pacientes leitores depois da Mesa Redonda de 12 de junho, que divulgou a nova edição de um livro publicado na Bolívia há 15 anos, desta vez com um prólogo meu. Foi lida nesse programa uma introdução elaborada posteriormente pelo presidente Evo Morales e uma mensagem da prestigiosa escritora argentina Stella Calloni, que serão incluídos numa próxima edição. Escolhi cuidadosamente os dados que utilizei nesse prólogo.
A desprestigiada forma de suspender as sanções a Cuba que acaba de adoptar a União Europeia, no dia 19 de Junho, foi abordada por 16 telexes internacionais de imprensa. Não implica em absoluto consequência económica alguma para o nosso país. Antes pelo contrário, as leis extra-territoriais dos Estados Unidos e, portanto, do seu bloco económico e financeiro continuam plenamente vigentes.
Foi necessário improvisar esta intervenção, como acontece algumas vezes, quando os acontecimentos se antecipam , e agora explicarei porque.
Ontem se produziu uma ronda de imprensa, daquelas habituais no Departamento de Estado, com a participação de Porta Voz desse Departamento, Senhor MacCormack.
Tenho que referir-me textualmente às declarações do Porta Voz.
Já que me fazem esta honra, não vou fazer um discurso; me limitarei a fazer um pronunciamento. (Aplausos)
Vou fazê-lo em linguagem cabográfico e será muito mais um diálogo comigo mesmo.
Mês de julho. Encontro de Economistas Latino-americanos e Caribenhos. Temário: grave crise econômica mundial à vista. Necessidade de convocar uma reunião internacional. Ponto central: a crise econômica e a globalização neoliberal.
Digníssimo coletivo que possibilitou o que hoje estamos a celebrar:
Graduam-se, algo que já todo o mundo sabe, 345 pioneiros que se encontravam na sétima classe no dia 6 de Setembro de 2002, quando foi inaugurada a escola Secundária Experimental ¨José Martí¨.
São os primeiros finalistas da nona classe desta escola, formados sob a nova concepção de professor geral integral que trabalha com 15 adolescentes, transita com eles da sétima à nona classe e que é o amigo, o conselheiro, o guia de cada um.
Garanto-lhes que ganhamos também aquela batalha, porque o espírito de luta não desmaiou, nossa firmeza não desmaiou, nossas armas pacíficas, porém eficientes não desmaiaram, nossas verdades não desmaiaram, as nossas mensagens ao mundo não pararam. Daí surgiu aquela frase: Batalha das Idéias, porque foi uma verdadeira batalha das idéias.
Quando em 1981 falei na 68ª Conferência Interparlamentar, depois de mencionar indicadores e dados que mostravam a fenda crescente que separava o mundo desenvolvido e opulento dos países que foram suas colônias e domínios, vítimas de uma pilhagem ininterrupta que levou séculos, proferi uma frase que pôde parecer excessiva: "Se o presente é trágico, o futuro enxerga-se tenebroso."
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