Fidel
Soldado de las Ideas
Foi pelas redes de televisão norte-americanas e pelas agências internacionais que recebemos a notícia de que trinta cubanos, entre eles treze crianças, haviam perecido, em uma operação de tráfico humano que se realizava em uma lancha rápida de registro norte-americano, procedente dos Estados Unidos e financiada por pessoas residentes naquele país.
Depois de um ano de tenaz esforço de preparação e treinamento, por razões absolutamente alheias a nossa vontade, vimo-nos obrigados a suspender a participação de nossos atletas em um evento esportivo a que, ao longo de muitas décadas, desde sua própria fundação, nosso país jamais havia deixado de comparecer, mesmo naqueles tempo em que apenas alguns atletas integravam a delegação cubana, os quais, à base de coragem e patriotismo, obtinham algumas medalhas, como gloriosos precursores da potência esportiva em que hoje se converteu nossa Pátria, fruto da justiça de uma grande obra revolucionária e do heroísmo incomparável de nosso povo.
Para mim é motivo de especial satisfação poder nos encontrar novamente, na terra daquele entranhável amigo de Cuba que foi Errol BArrow. Já decorreram três anos desde que, em Havana comemoramos o trinta aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas com Cuba dos quatro países do Caribe que na altura eram independentes, fato que pelo seu significado e transcendência, os cubanos não esqueceremos jamais.
O nome de Cuba passará à história pelo que fez e está fazendo pela humanidade, nos campos da educação, da cultura e da saúde, na época mais difícil que nossa espécie conheceu. Bloqueado nosso país pela única superpotência, e quase bloqueado pela Europa, as duas juntas não poderão derrotar a Revolução Cubana, entre outras razões, porque as duas juntas não têm nem terão jamais o capital humano, nem os valores morais para fazer o que a Cuba Socialista foi capaz.
A inquietação era grande. As notícias públicas do levante de 30 de novembro, que devia ter sído depois e não antes da nossa chegada, acontece ao contrario devido ao incontido ímpeto dos combatentes santiaguenses e ao atraso de 48 horas na arriscada e longa viagem de 1.235 milhas; um homem que caía ao mar agitado e escuro, na madrugada de 2 de dezembro, e que não podia ser abandonado, roubando também, ao escasso tempo, minutos de vida ou morte, eram circunstâncias que multiplicavam a impaciência por chegar antes do amanhecer ao ponto exato combinado, nas desejadas costas de nossa pátria.
Lembro-me daquela vez, bem no início da Revolução cubana, quando, durante dias agitados, um homem de rosto indígena, tenaz e inquieto, já conhecido e admirado por muitos de nossos intelectuais, quis fazer meu retrato.
No entanto, devo cumprir o dever de lhes informar que, como noutras ocasiões em que viajo a estas Cimeiras, elementos terroristas organizados, financiados e dirigidos desde os Estados Unidos pela Fundação Nacional Cubano-Americana, que é um instrumento do imperialismo e a extrema direita desse país, foi enviado ao Panamá com o objetivo de me eliminar físicamente. Já está nesta cidade e tem introduzido as armas e explosivos pertinentes.
Prometi-lhes umas palavras depois que concluísse o companheiro Miret, para explicar-lhes o motivo da minha ausência neste foro.Na verdade, nestes dias tivemos uma grande quantidade de actividades que se juntaram: visitas de chefes de governo que devíamos receber, conversar, e não só de chefes de governo, mas de diversas personalidades; nem todas as pessoas com as quais nós falamos saem referenciadas na imprensa.
Uma coisa de especial nos une a Argélia. Quando nós lutávamos nas montanhas, os argelinos lutavam nas uilaias. Quando triunfou a Revolução Cubana no Primeiro de Janeiro de 1959, o povo heróico de Argélia não tinha atingido ainda a vitória. Levavam a cabo uma luta heróica e desigual contra as poderosas forças de uma potência que tinha escrito páginas brilhantes na história militar da Europa.
Honrados Chefes de Estado ou de Governo de Barbados, Guiana, Jamaica e Trinidad e Tobago, que são os quatro países caribenhos que, já em 1972, tendo conseguido sua independência, deram o corajoso passo de estabelecer relações diplomáticas com Cuba, há 30 anos;
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