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Cuba denuncia em ONU recrudescimento de política hostil de EUA

O chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, denunciou hoje na Assembleia Geral de ONU o recrudescimento da política hostil dos Estados Unidos contra a ilha e a arremetida da administração de Donald Trump.
 
Nos últimos meses, detalhou, Washington iniciou uma escalada em sua agressão contra Cuba, com o aplicativo de medidas não convencionais, para impedir o abastecimento de combustível a nosso país desde diversos mercados mediante sanções e ameaças aos navios, iates e companhias de seguros.
 
Seu objetivo, além de afetar a economia, é danificar o nível de vida das famílias cubanas, denunciou.
 
Em abril do presente ano, continuou, autorizou-se a apresentação de demandas ante tribunais estadunidenses contra entidades cubanas, norte-americanas e de terceiros países, em virtude do Título III da Lei Helms-Burton.
 
A perseguição a nossas relações bancário-financeiras com o resto do mundo se recrudesceu, restringiram-se as remessas a cidadãos cubanos, reduziu-se o outorgamento de visto e limitaram-se os serviços consulares, destacou o chanceler.
 
Um acordo entre as federações de beisebol foi cancelado, anularam-se as viagens individuais de cidadãos norte-americanos, proibiram-se os cruzeiros e os voos diretos aos aeroportos cubanos, exceto o de Havana, assegurou.
 
Também se impediu o arrendamento de aviões com mais de 10 por cento de componentes estadunidenses e a aquisição de tecnologias e equipamento em similar condição, cessaram as atividades de promoção comercial, os intercâmbios culturais e educativos.
 
O Governo estadunidense tem intensificado agressivamente o aplicativo extraterritorial de sua política de bloqueio a Cuba contra terceiros Estados, suas companhias e cidadãos, expôs o chanceler.
 
Também não esconde seu propósito de asfixiar economicamente meu país e incrementar os danos, carências e sofrimentos ao povo, denunciou.
 
Washington propôs-se sabotar a cooperação internacional que Cuba brinda na esfera da saúde: com uma campanha de calunia, políticos e servidores públicos norte-americanos atacam um programa baseado em genuínas concepções de cooperação Sul-Sul, que conta ademais com o reconhecimento da comunidade internacional, denunciou.
 
Em resposta à declaração da representante permanente de Estados Unidos ante as Nações Unidas, o chanceler assegurou que o Governo norte-americano sim é responsável por tais danos.
 
Assim, afundou nos danos humanitários incalculáveis do bloqueio, que constitui uma violação flagrante, em massa e sistemática dos direitos humanos e qualifica como ato de genocídio. 'Não há família cubana que não sofra suas consequências'.
 
Devido a esse cerco, a ilha tem limitações nos serviços de saúde pois não pode aceder a equipamentos médicos de origem estadunidenses e a próteses, o que afeta em especial a várias crianças cubanas.
 
O bloqueio também impossibilita o acesso a medicamentos inovadores para o tratamento do câncer, somente produzidos por companhias farmacêuticas estadunidenses, explicou o chanceler cubano.
 
A Assembleia Geral da ONU aborda nesta quinta-feira o projeto de resolução 'Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba', o que tem recebido o apoio da comunidade internacional desde 1992.

Source: 

Prensa Latina

Date: 

07/11/2019