Relações entre Moçambique e Cuba são reforçadas
O secretário permanente de Saúde de Moçambique, Zacarías Castigo Zindoga, elogiou as relações de seu país com Cuba em vários níveis e em diferentes áreas, que aqui se reuniu hoje.
A afirmação do alto funcionário moçambicano ocorreu após a chegada a esta capital de um novo reforço de 39 profissionais de saúde cubanos para enfrentar o coronavírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, que ceifou a vida a mais de 700 pessoas neste país africano.
Ao dar as boas-vindas aos membros do Contingente Internacional de Médicos Especializados em Situações Excepcionais e Epidemias Graves, Henry Reeve, Castigo Zindoga destacou a importância que Moçambique atribui às relações entre Havana e Maputo.
Ele lembrou que são anteriores a 1975, ano em que a nação africana conquistou a independência. O representante do governo destacou que a presença de enfermeiras e médicos cubanos elevará a qualidade do atendimento aos pacientes com Covid-19, que somam quase 65 mil desde o início da pandemia.
Comentou que a componente clínica e sanitária continua a ser uma prioridade no enfrentamento da pandemia, razão pela qual o seu país optou pela presença 'destes profissionais qualificados'.
No dia 24 de janeiro, chegou o primeiro grupo de reforço, formado por 14 médicos e enfermeiras, todos com preparação intensiva para enfrentar a pandemia.
Estes médicos e enfermeiras do Contingente Henry Reeve juntam-se aos quase 300 especialistas de saúde, que espalhados pelas 10 províncias moçambicanas, prestam serviços desde 2020 directamente em quatro hospitais centrais, seis provinciais e três distritais.
Em declarações à Prensa Latina há dias, o chefe da brigada médica local, Manuel Wong, destacou que desde março do ano passado, o pessoal cubano realizou cerca de 20.000 consultas e mais de 300 operações em condições extremas após a passagem do ciclone Idai.
O embaixador de Cuba em Moçambique, Pável Díaz, na cerimónia de boas-vindas, afirmou que estes homens e mulheres de jaleco branco vêm ao Estado africano com o humanismo, a solidariedade e o altruísmo que identificam o povo cubano.
Ele destacou que o milagre do confronto com a Covid-19 continua a cair nas mãos consagradas dos profissionais de saúde, que têm a missão humana de curar e salvar vidas desde a linha de frente do combate, exposta aos maiores riscos.
Também se referiu à esperança de vacinas contra a doença mortal e destacou que Cuba se esforçou para desenvolver cinco vacinas candidatas, duas das quais, Soberana 02 e Abdala, entraram na terceira fase de testes clínicos.