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Vítimas do conflito colombiano participarão em diálogos de paz

Representantes das vítimas do conflito armado colombiano participarão hoje pela primeira vez de forma direta nos diálogos de paz, que vêm sendo realizados aqui desde 2012 entre a FARC-EP e o governo de Juan Manuel Santos.

Está previsto que as delegações de paz do Governo e das Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia-Ejército del Pueblo (FARC-EP) escutem neste sábado os depoimentos do primeiro grupo de vítimas do conflito que chegou ontem a Cuba para tomar parte nas conversas.

O grupo veio acompanhado por representantes das Nações Unidas na Colômbia, do Centro de Pensamiento de la Universidad Nacional e da Conferencia Episcopal, instituições encarregadas da seleção destas pessoas sob os princípios de equilíbrio e pluralismo.

Na chegada dessas ao aeroporto internacional José Martí, deram-lhe as boas-vindas o responsáveis pelo processo de paz (um cubano e um norueguês), assim como os integrantes das delegações do Governo colombiano e da insurgência que tentam por ponto final ao conflito na Mesa de Conversas.

Esta é a primeira vez desde o início do diálogo de paz que uma representação das pessoas afetadas pelo conflito armado na nação sul-americana viaja a Cuba para participar das conversas.

A presença das vítimas e sua inclusão na Mesa foi levantada no mês passado pelas partes.

Sobre isso, ficou acordado que um grupo de vítimas de até 12 pessoas viajariam a Havana para falar durante um total de cinco ciclos com as delegações de paz do Executivo e da guerrilha, com o objetivo de analisar as complexidades do presente ponto da agenda, justamente sobre a situação dos afetados pelo conflito.

Desse modo, espera-se que ao longo do processo de paz um total de 60 representantes de vítimas do conflito (divididos em cinco delegações) possam ser ouvidos frente a Mesa de Conversas.

Desde novembro de 2012, o Governo e as FARC-EP instalaram em Cuba, país que junto a Noruega está encarregado pela mesa de diálogo para pôr fim ao conflito, com uma agenda de cinco pontos dos quais já saíram resoluções parciais para três: desenvolvimento agrário integral, participação política e solução ao problema das drogas ilícitas.

Fonte: 

Prensa Latina

Data: 

16/08/2014