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Televisão russa abordará logros cubanos em atenção a descapacitados

O canal russo TV Center dedicará a partir de janeiro uma série de programas televisivos a logros de Cuba na atenção a descapacitados e sua incorporação à vida social, informaram hoje fontes diplomáticas.

A produtora Margarita Petrova e o condutor Antón Steklov comentaram que no programa contrastam o meio século de bloqueio estadunidense contra Cuba e o alto índice atingido em matéria de atenção social nesse país, avaliado pela Unesco.

Todo isso faz da experiência cubana uma referência mundial.

A funcionária encarregada de assuntos culturais da Embaixada de Cuba na Rússia, Marta Carreras, mostrou estatísticas sobre o avanço cubano e abundou nos conceitos sobre os quais se sustentou dialeticamente o trabalho com os descapacitados.

Do abandono e do estigma dos descapacitados e suas famílias, antes do triunfo da Revolução cubana, a partir de 1959 passou à efetiva ocupação do Estado na proteção a este setor que representa 10 por cento da população, apontou.

E ainda, o conceito evoluiu de objetos de atenção social a sujeitos com garantias para a integração social, conforme suas incapacidades, assinalou Carreiras.

A atenção aos descapacitados em Cuba realiza-se com um enfoque tridimensional: médico-profiláctico, educacional e sócio-jurídico, com o qual se garante a reabilitação física, a aprendizagem e desenvolvimento de suas potencialidades e sua inserção social, sublinhou a servidora pública.

Tal trabalho foi possível ser desenvolvido com sucesso graças à forma em que está estruturada a sociedade cubana e à ação integradora realizada pela Comissão Nacional de Atenção a Descapacitados (Conaped), replicada até nível municipal, explicou.

Sob a égide do Ministério de Trabalho e Segurança Social, a Conaped coordenou as respostas institucionais aos problemas ao integrar nelas os ministérios de Cultura, Educação, Saúde e ao Instituto Cubano de Esportes e Recreação, entre outros, indicou.

"Segundo a percepção cubana, a atenção ao descapacitado não pode ser vista como um assunto de caridade senão como um tema que requer apoio diferenciado do Estado e, sobretudo, solidariedade das instituições e da cidadania", afirmou.

Cuba exibe um dos índices mais baixos de incapacidade infantil e ao mesmo tempo, um dos mais altos do mundo em esperança de vida como resultado de programas de atenção e prevenção da saúde pública mantidos apesar da crise econômica e do bloqueio, esclareceu.

A ilha também é o primeiro país da América Latina que conseguiu um sistema de informação e estatísticas efetivo capaz de chegar até o último descapacitado a fim de lhe poder brindar uma atenção conforme suas especificidades, sublinhou Carreras.

Fonte: 

Prensa Latina

Data: 

17/12/2011