Reunião de chanceleres em Havana prévia a II Cúpula da Celac
Está tudo pronto para a reunião hoje dos chanceleres da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, último passo prévio à II Cúpula da Celac, a ser realizada nos dias 28 e 29 de janeiro.
Os coordenadores nacionais das 33 nações do hemisfério, exceto Estados Unidos e Canadá, trabalharam ontem até tarde para deixar o palco aos ministros de Exterior da região.
Uma parte dos documentos a aprovar nesta cúpula já conta com o consenso necessário, que será referendado agora entre os ministros.
A Declaração de Havana é sumamente completa, fortemente ligada a princípios, de ajuda à consolidação da Celac, afirmou à imprensa o coordenador nacional cubano, Abelardo Moreno.
O tratamento do caso porto-riquenho como nação latino-americana e caribenha, a rejeição ao bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba e o caso da inclusão da ilha na lista de países que Washington de maneira unilateral categoriza como terroristas, estão contemplados na declaração política da cúpula, sublinhou.
Segundo Moreno, vice-ministro do Exterior, as negociações têm sido amigáveis, com a colaboração de todos. As diferenças -indicou- resultam de teor político.
Enquanto, já se encontra em Havana um grupo importante de governantes, entre eles os presidentes de Argentina, Guyana, Haiti, Brasil, Bolívia e a primeira ministra da Jamaica.
Durante ontem foi divulgado encontro da presidenta da Argentina, Cristina Fernández e Fidel Castro, líder histórico da Revolução cubana.
Para hoje está previsto que os presidentes de Cuba e Brasil, Raúl Castro e Dilma Rousseff, inaugurem o primeiro trecho do terminal de contêiners do porto do Mariel, 45 quilômetros ao oeste de Havana.
Trata-se de uma zona de desenvolvimento especial que Cuba leva a cabo como parte de seu processo de atualização do modelo econômico e que alenta o investimento estrangeiro nesse porto de águas profundas.
O Brasil está contribuindo decisivamente com o financiamento para a construção deste pólo econômico, industrial e comercial.
Também nesta segunda-feira começa sua visita à ilha o secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, convidado ao encontro da Celac, quem também cumprirá uma agenda bilateral com Cuba.