O presidente cubano, Raúl Castro, chamou, na Venezuela, à unidade regional para enfrentar e derrotar campanhas organizadas nos Estados Unidos contra nações latino-americanas que impulsionam processos de mudança.

A única alternativa é unir-nos, lutar e vencer, afirmou no capitalino teatro Teresa Carreño, sede da IX Cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA).

De acordo com o presidente, Cuba, Venezuela, Bolívia e Equador são alvos da agressividade de Washington.

São alvos de campanhas organizadas e financiadas pelos Estados Unidos, pelas oligarquias locais e em alguns casos pela União Europeia, precisou.

O dirigente cubano recordou o recente golpe de Estado em Honduras, onde militares retiraram do poder o presidente constitucional, Manuel Zelaya.

Já vimos o golpe de Estado de Honduras, com a cumplicidade e o apoio do imperialismo e seus instrumentos midiáticos, apontou.

A propósito do tema midiático, Raúl Castro comentou as campanhas realizadas contra Cuba há 49 anos, por causa de uma invasão mercenária patrocinada por Washington, derrotada na Praia Girón precisamente num dia como o hoje.

As agências estadunidenses difundiam então mentiras sobre supostos sucessos dos invasores, a fuga de Fidel Castro e minha prisão. Isso nos recorda o que fazem agora contra muitos dos países aqui presentes, assinalou.

Em seu discurso diante dos chefes de Estado ou de Governo da ALBA e convidados, o presidente de Cuba felicitou os venezuelanos pelo Bicentenário independentista, também celebrado nesta segunda-feira.

Raúl Castro destacou o desfile-cívico militar para comemorá-lo, desenvolvido ontem no caraquenho Passeio dos Próceres.

Encheu-nos de emoção do início até o final. Quero voltá-lo a ver para desfrutá-lo melhor, afirmou.