O secretário geral do Partido Comunista de Portugal, Jerónimo de Sousa, qualificou hoje de históricos os laços de amizade e solidariedade que unem a sua organização com Cuba.

Depois de render homenagem ao Herói Nacional, José Martí, a colocar uma oferenda floral ante o monumento na praça da Revolução desta capital, o dirigente comentou que espera conhecer a realidade do processo de atualização econômica que se desenvolve nesta nação; mostrou interesse nos avanços econômicos e sociais da ilha e ressaltou a confiança no Partido Comunista de Cuba e no povo dentro das transformações que se adiantam.

"Trazemos a confiança e a fé no futuro do povo cubano para ter uma vida melhor como país independente e soberano", expressou Sousa.

Ao ser interrogado por Prensa Latina sobre a atualidade econômica de sua nação dentro da crise que atravessa a região européia, a considerou como difícil e dramática pelo alto nível de desemprego que se registra, onde existem mais de dois milhões de portugueses na ombreira da pobreza extrema, comentou.

Assinalou às políticas de direita, ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Central Europeu, entre outros grupos de poder, como responsáveis pela crise atual.

Explicou que têm levado à liquidação de direitos já conseguidos pelos trabalhadores e ao aumento da migração dos jovens, quem não encontram futuro em seu país, "é uma situação difícil e dramática", disse.

Sousa destacou a participação dos trabalhadores portugueses em grandes manifestações e greves gerais que têm tido como palco a Europa, parte duma ofensiva e resistência ante os resultados da crise de capitalismo, afirmou.

Sobre seu partido apontou que hoje é uma grande referência para muitos portugueses, pelo que tem reforçado suas posições e mantém a confiança em derrotar essas políticas.

Como parte do programa de sua visita a Cuba, até o próximo 10 de janeiro, Sousa se reunirá com os familiares dos Cinco luctdores cubanos, dos quais quatro permanecem detidos em cárceres dos Estados Unidos, bem como representantes da Assembléia Nacional e a Chancelaria.