Prisioneiro cubano padece por desatenção médica nos EUA
O lutador antiterrorista cubano preso nos Estados Unidos Ramón Labañino caminha com dificuldade devido à falta de uma adequada atenção médica, declarou nesta cidade peruana sua esposa, Elizabeth Palmero.
Entrevistada por Prensa Latina, Palmeiro indicou que seu esposo tem problemas para caminhar, por sofrer de uma artrose que não foi tratada devidamente.
Destacou no entanto o otimismo e a elevada moral que mantém o prisioneiro, a quem, junto a duas de suas filhas, visitou recentemente na prisão de Ashland, Kentucky.
Labañino é um dos cinco lutadores antiterroristas cubanos presos há quase 15 anos, quando recolhiam informação sobre grupos terroristas e suas tentativas de ataques contra Cuba, e injustamente condenados a longas penas de prisão.
Dos cinco, só René González foi libertado, depois de cumprir a maior parte de sua condenação, e a liberdade dos presos é um dos principais pontos do temário do XIV Encontro Peruano de Solidariedade com Cuba que será iniciado amanhã aqui, com Palmero como convidada.
Ela disse na entrevista ser portadora de uma mensagem de reconhecimento de Ramón, René e seus colegas Antonio Guerreiro, Fernando González e Gerardo Hernández, bem como de suas famílias, pelo trabalho de difusão que se desenvolve no Peru sobre o caso, principalmente por parte do Comitê Peruano de Solidariedade com os Cinco.
Destacou a necessidade de que se intensifique a solidariedade internacional com os Cinco Heróis, como os consagrou seu povo, sejam libertos e retornem a sua pátria, e aconselhou aos solidários peruanos estender a novos setores seu labor de difusão do caso.
Chamou igualmente aos peruanos a informar sobre o tema e assegurou que bastará com que aprofundem nele na Internet ou através dos ativistas solidários, para entender que se trata de uma tremenda injustiça que sofrem as famílias dos presos e o povo inteiro de Cuba.
Segundo Palmero, intensificar a solidariedade com os Cinco é vital porque a atual é uma etapa decisiva da batalha pela liberdade dos lutadores antiterroristas.
Explicou que o presidente norte-americano, Barack Obama, cumpre seu segundo mandato, no qual tem maior margem de ação para adotar medidas como o indulto aos prisioneiros cubanos, pelo que devem se multiplicar as atividades para demandar tal medida em cartas, mensagens e outros meios.
A visitante manifestou por outra parte que sentiu uma grande emoção ao ver, em frente ao hotel em que se hospeda, a praça e o monumento em homenagem à heroína Micaela Bastidas, parceira e lugar-tenente de Túpac Amaru, na rebelião indígena contra o domínio espanhol, de 1780.
Afirmou que, como cubana, conhece e admira ao rebelde e sua colega, nascida em Abancay, e se declarou também impressionada pela geografia andina que pôde apreciar no serpenteante caminho para Abancay, entre as montanhas e abismos.