O patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, sua santidad Kirill, reconheceu hoje o trabalho de Cuba na preservação da memória histórica e as ideias de suas próceres.
 
Ao assinar o livro de visitantes do memorial José Martí, um complexo escultórico-museológico localizado na praça da Revolução desta capital que rende homenagem ao Herói Nacional cubano (1853-1895), Kirill manifestou estar impressionado com o trabalho despregado pelo coletivo do lugar, bem como com a profundidade e alcance do ideário martiano.
 
Reconhecemos o grande trabalho que os heróis realizaram para entrar na história e também a das pessoas encarregadas dos manter vigentes, manifestou o Patriarca de Moscou e toda Rússia, que acrescentou que lugares como o memorial constatam a relevância que as ideias continuam tendo na atualidade.
 
Kirill recebeu de mãos da diretora da instituição, Haydée Díaz, uma placa alusiva à mesma e um livro com fotografias sobre Cuba.
 
Antes do percurso pelas áreas principais do Memorial, depositou uma oferenda floral no monumento que honra ao prócer independista.
 
De visita oficial na ilha caribenha desde a quinta-feira, em resposta a um convite feito pelo presidente Raúl Castro, Kirill ou Cirilo, na forma aportuguesada de seu nome, programou um encontro esta tarde com o chefe da Igreja católica, o papa Francisco, que fará escala em Havana antes de continuar sua viagem ao México.
 
O evento foi qualificado de inédito e histórico, por ser a primeira reunião entre os líderes das duas igrejas mais importantes do mundo cristão desde o cisma de 1054, que separou o Ocidente e Oriente em duas civilizações contrapostas e agudizou as contradições entre católicos e ortodoxos.
 
Segundo foi anunciado, ao final da reunião ambos primados assinarão uma declaração conjunta, que se espera consolide a mensagem de esperança para os homens de boa vontade dentro do significado do próprio encontro.