A associação Cuba Coopération France (CubaCoop) denunciou hoje que os Estados Unidos ainda não assumem a realidade de uma ilha soberana e independente, que se libertou de seu domínio explorador.
 
“O poderoso vizinho, que fez de Cuba sua colônia explorando os recursos e deixando a população na maior miséria, nunca aceitou ser expulso e, por mais de 60 anos, impôs um implacável bloqueio econômico, comercial e financeiro”, destacou na sua publicação semanal La lettre électronique Hebdo.
 
Assinada pelo vice-presidente Michel Humbert, a mensagem da organização criada em 1995 para estimular os laços comerciais e a aproximação entre a França e o país caribenho também apontou que Washington recorre à calúnia e à propaganda para denegrir um governo eleito democraticamente pela população.
 
O triunfo da Revolução, em 1º de janeiro de 1959, pôs fim a décadas de domínio estadunidense sobre a ilha, com a derrubada da ditadura de Fulgêncio Batista.
 
Nesse sentido, a CubaCoop destacou a celebração há dois dias na maior das Antilhas do dia da Rebelião Nacional, que relembra os assaltos aos quartéis de Moncada e Carlos Manuel de Céspedes em 26 de julho de 1953, acontecimentos que abriram caminho para a revolução.
 
A mídia eletrônica Hebdo faz eco do discurso pronunciado na central provincia de Cienfuegos pelp presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, a propósito da data patria, e em particular aos logros sociais alcançados por esse processo, apesar das agressões dos Estados Unidos.
 
Da mesma forma, destacou a expressão do presidente de que Cuba não está sozinha e, a esse respeito, especificou a solidariedade global com a ilha diante do bloqueio e do impacto da pandemia do Covid-19.
 
Neste contexto de reconhecimento do apoio que o país caribenho tem, a associação francesa partilhou com os seus subscritores que no seu mais recente Conselho de Administração aprovou um roteiro com projetos de cooperação para este ano e o próximo.
 
Durante os últimos 25 anos, CubaCoop realizou dezenas de projetos para apoiar o desenvolvimento socioeconômico de Cuba, em setores como segurança alimentar, água, saneamento, saúde e cultura.
 
Entre suas prioridades atuais, a organização promove, por meio da cooperação descentralizada, o interesse de empresários e entidades francesas no mercado cubano, com base em negócios e investimentos.