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Os Árabes em Cuba; reafirma identidade comum latino-americana

O livro "Os Árabes em Cuba", do pesquisador Rigoberto Menéndez, presenteou a latino-americanos residentes no Egito uma nova razão para reivindicar sua identidade comum a partir da marca de imigrantes chegados do Oriente Médio.
 
A perene curiosidade por esquadrinhar nas raízes da nacionalidade, a cultura e a história congregou a um seleto auditório na sede do Instituto Cervantes do Cairo para a apresentação -qualificada por muitos de magistral- da obra de Menéndez.
 
Ante diplomatas, intelectuais e estudantes, o também diretor da Casa dos Árabes de Havana Velha expôs pormenores de um trabalho avalado por mais de 20 anos de cuidadosa investigação em arquivos paroquiais e 34 entrevistas a árabes e seus descendentes.
 
O volume, recentemente traduzido ao idioma árabe, apresentou-se em ocasião da Semana Cultural Cubana no Egito, evento no que intervêm também o renomeado pintor Arturo Montoto, o pianista Alejandro Falcón, outros músicos antilhanos e realizadores televisivos.
 
A diáspora morisca deveu-se à política migratória de portas abertas que teve Cuba, permitindo assim conformar o "mosaico cultural que vive e cria hoje na ilha com influxos espanhóis, africanos e asiáticos", explicou o embaixador cubano no Egito, Otto Vaillant.
 
Para o diplomata cubano, quem propôs fomentar aqui festivais de livro e apresentações coletivas de autores ibero-americanos, o estudo de Menéndez é o mais completo fato até agora em seu país sobre o processo de integração e assimilação dos árabes.
 
Aromas de espécies, arquitetura de origem mudéjar de caráter religioso e doméstico, uns quatro mil vocábulos de origem árabe no idioma espanhol, tradições comerciais imperecíveis e quase dois mil sobrenomes, são as impressões dessa cultura ao outro lado do Atlântico.
 
Para membros da diretora do Instituto Cervantes tratou-se de um contribua valioso para conhecer uma arista da realidade de Cuba e sua população, além de uma pesquisa útil para outras análises paralelas, como a integração e aceitação dos árabes na Europa.
 
Por sua vez, as embaixadoras de República Dominicana e Uruguai destacaram a afinidade entre árabes e latino-americanos, e coincidiram em que uma viagem sem volta previsível fez que a defesa do idioma não tenha sido o essencial na maioria dos casos.
 
Diplomatas da Argentina, Bolívia, Espanha, Equador, Venezuela e outros países ratificaram a asseveração do autor com respeito ao alto nível cultural da comunidade árabe emigrada a América Latina, pelo qual se lhe respeita, ao igual que por seu diligente atividade comercial.
 
Um público embelezado com gratidão pela dissertação do intelectual cubano pronunciou-se por impulsionar projetos investigativos similares aos que deu vida ao livro "Os Árabes na América Latina", do qual Menéndez é coautor. 

Fonte: 

Prensa Latina

Data: 

21/10/2010