Notícias

O socialismo é a única garantia para continuar sendo livres e independentes

Discurso proferido pelo presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, general-de-exército Raúl Castro Ruz, no Sexto Período Ordinário de Sessões da Sétima Legislatura da Assembleia Nacional do Poder Popular, efetuado no Palácio das Convenções, em 18 de dezembro de 2010, "Ano 52 da Revolução".
 
Companheiras e companheiros:
 
Há uns dias estamos reunidos debatendo assuntos transcendentais para o futuro da nação. Nesta ocasião, além do habitual trabalho das comissões, os deputados participaram da sessão plenária com o objetivo de analisar os detalhes da situação econômica atual, bem como as propostas ao orçamento e ao plano da economia para o ano 2011.
 
Os deputados dedicaram também muito tempo a avaliar com profundidade e a esclarecer dúvidas e inquietações sobre o Projeto de Lineamentos da Política Econômica e Social do Partido e da Revolução.
 
Nossos meios de comunicação divulgaram largamente o desenvolvimento destes debates, a fim de facilitar a informação à população.
 
Apesar da incidência dos efeitos da crise mundial na economia nacional, do comportamento instável das precipitações durante 19 meses, desde novembro de 2008 até junho deste ano, e sem excluir erros próprios, posso afirmar que o cumprimento do plano de 2010 foi satisfatório levando em conta os tempos que vivemos. Será atingido o crescimento de 2,1% do Produto Interno Bruto, conhecido por suas siglas PIB; aumentaram as exportações de mercadorias e serviços, sem terminar este ano já se atingiu a cifra prevista de visitantes estrangeiros, embora não sejam novamente cumpridas as receitas, consolida-se o equilíbrio financeiro interno e, pela primeira vez em vários anos, começa a se constatar uma dinâmica favorável, ainda que limitada, na produtividade do trabalho em comparação com o salário médio.
 
Continuam a diminuir as retenções de transações para o exterior, isto é, as restrições que tivemos a obrigação de impor no final de 2008 nos pagamentos, a partir dos bancos cubanos, aos fornecedores estrangeiros, as quais serão completamente suprimidas no ano próximo, e também, tivemos avanços significativos na renegociação da dívida com nossos principais credores.
 
Gostaria agradecer novamente a confiança e compreensão de nossos parceiros comerciais e financeiros, aos quais ratifico o mais firme propósito de honrar pontualmente os compromissos contraídos. O governo deu instruções precisas de não contrair novas dívidas sem a certeza de cumprir os pagamentos nos prazos acertados.
 
Como explicou o vice-presidente do governo e ministro de Economia e Planejamento, Marino Murillo Jorge, o plano do ano próximo prevê um crescimento do PIB de 3,1%, que deverá ser alcançado em meio a um cenário também complexo e tenso.
 
O ano 2011 é o primeiro dos cinco incluídos no projeto em médio prazo de nossa economia, período em que, a pouco e pouco, serão introduzidas mudanças estruturais e de conceitos no modelo econômico cubano.
 
No ano próximo, continuaremos reduzindo decididamente os gastos supérfluos, promovendo a poupança de recursos, a qual, como já disse em várias oportunidades, é a fonte de receitas mais rápida e segura de que dispomos.
 
Da mesma maneira, não vamos descurar, senão elevar a qualidade dos programas sociais nos setores da saúde, da educação, da cultura e do esporte, onde se constataram enormes reservas de eficiência no uso mais racional da infraestrutura existente. Além disso, incrementaremos as exportações de bens e serviços, ao passo que continuaremos dedicando os investimentos àquelas atividades com mais rápida recuperação.

Fonte: 

Granma Internacional

Data: 

20/12/2010