Uma mensagem de amor e contra o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos acompanhou o grupo que daquele país transferiu uma doação com mais de 15.000 libras de leite em pó, destinada a hospitais pediátricos de Havana.
 
Várias organizações sediadas lá se juntaram a esse esforço, incluindo Pontes de amor, The People's Forum e Code Pink. O Granma conversou com Medea Benjamin, promotora da iniciativa, pacifista e cofundadora do Pink Code (Code Pink).
 
Que trabalho fizeram para trazer a carga para Cuba?
Doação de leite dos EUA para Cuba Photo: Ismael Batista
 
«Conseguimos arrecadar 15.000 libras de leite em pó graças às doações financeiras de milhares de norte-americanos, incluindo cubanos que vivem lá. Com esta carga queremos mostrar que há muitas pessoas dentro do meu país que querem e exigem o levantamento do bloqueio injusto».
 
«Este é um gesto de amor e solidariedade do povo dos Estados Unidos para com os cubanos, que representa o quanto queremos mudar dentro da política externa de meu país, hoje presidida por Joe Biden, que não mudou as sanções tomadas por seu antecessor Donald Trump, apesar de tê-lo prometido em sua campanha eleitoral».
 
Como puderam trazer essa carga?
 
«Várias organizações concordamos e contribuímos muitas horas para o empacotamento, embalagem e transferência dessa mercadoria para Cuba. Além disso, houve muito esforço anônimo para arrecadar o dinheiro e poder alugar o avião».
 
«Trabalhamos há mais de seis meses. Anteriormente, enviamos 18.000 libras de alimentos (entregues em novembro a centros infantis e asilos nas províncias orientais de Holguín, Granma e Guantánamo) e seis milhões de seringas. Estamos preparando uma nova carga com medicamentos para os próximos meses. Achamos que estará pronta para fevereiro. »
 
Que outro trabalho de solidariedade realizam?
 
«Estamos imersos em uma campanha para enviar cartas a congressistas e funcionários do governo, incluindo Joe Biden, exigindo o levantamento do bloqueio, uma mudança em sua política em relação a Cuba e a normalização das relações bilaterais».
 
«Além disso, todos os meses convocamos caravanas de carros e eventos públicos. Chamamos a atenção dentro da própria cidade de Miami, com a mensagem de acabar com a cruel política contra Cuba».