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Nexos China-CELAC permitirão defender interesses do Sul, Raúl Castro

O presidente cubano, Raúl Castro, afirmou que o fortalecimento das relações entre China e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) permitirá estabelecer um diálogo sistemático mútuo e defender os interesses do Sul.

Ao intervir ontem na reunião de líderes da China e do quarteto da CELAC, Raúl Castro afirmou que esta ascensão nos nexos favorecerá o avanço de grandes projetos de cooperação, comércio e investimento, com um forte componente de ciência, tecnologia e inovação.

O quarteto da CELAC está integrado por Costa Rica, Cuba, Equador e Antígua e Barbuda.

Pontuou que a decisão da II cimeira dos países latino-americanos e caribenhos, realizada em Havana em janeiro passado, de criar o Fórum CELAC-China deu um sentido prático aos esforços encaminhados para que a América Latina e o Caribe e a nação asiática trabalhemos para enfrentar as difíceis condições do mundo de hoje.

O presidente cubano destacou a Declaração de Fortaleza, adotada na recente cimeira do grupo do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a qual qualificou de crucial, porque estabelece o compromisso com uma ordem internacional justa e equitativa, baseada na Carta das Nações Unidas.

Além disso, destacou como o desenvolvimento econômico e social da América Latina e Caribe oferece um extraordinário potencial para impulsionar vínculos mutuamente vantajosos.

Neste empenho, afirmou, os estados do Caribe requerem uma especial atenção, devido às vulnerabilidades particulares que enfrentam como consequência de sua base produtiva e exportadora, os devastadores efeitos dos furacões, bem como a crescente ameaça da mudança climática.

Raúl Castro indicou que os países da América Latina e Caribe, com importantes reservas minerais, petróleo e um terço das reservas mundiais de água doce, temos o desafio de trabalhar pela industrialização destes recursos naturais e agrícolas, de aumentar e diversificar as exportações, em especial de bens e serviços.

No caso cubano, manifestou que mais de meio século de intercâmbios com a China nos permitiram avançar no desenvolvimento pleno de uma relação exemplar, que ultrapassa a prova do tempo.

Finalmente, fez um convite a continuar trabalhando juntos para promover as relações entre ambas as partes, baseadas no respeito, igualdade e benefício mútuo.

Fonte: 

Prensa Latina

Data: 

18/07/2014