Lila Downs traz seus Pecados e Milagres a Cuba
Tem uma voz grave e profunda que seduz, mas a força de Lila Downs vai para além do canto e o público de Havana já o sabe: sua música sai à moda das curandeiras mexicanas.
Parece impossível para esta mulher ficar quieta quando sobe num palco, apenas esteve um minuto tranquila na Sala Covarrubias do Teatro Nacional, na capital, onde ofereceu ontem um concerto único.
Lila cantou às tristezas da alma, às dores dos povos mais humildes, pois veio promover o disco Pecados e Milagres e terminou alçando sua voz pelo inocente e sua realidade cotidiana.
Com essa mesma destreza vocal entoou o lamento das rancheiras, filhas da mais pura tradição musical de seu país e tão próximas sentimentalmente ao bolero de Cuba.
A desilusão amorosa de Quiçá, quiçá, quiçá e a tristeza de Cucurrucucú pomba fizeram recordar aquela época de ouro do cinema mexicano quando Pedro Infante e a bela María Félix estouravam as bilheterias.
Também cantou e dançou o jarocho, de raiz indígena, africana e espanhola, enquanto em um frenesi de saltos e giros despregava o colorido no ar.
Ainda que não tenha os traços dos povos originais de sua natal Oaxaca, sempre leva a roupa típica dessa região como defesa de sua origem mestiça.
Com um registro vocal que às vezes recorda seus inícios no canto clássico, Lila entoou Mezcalito, La llorona e Zapata queda, composições suas quase desconhecidas em Cuba.
Dedicou Cruz de esquecimento a Chavela Vargas, outra lenda do palco, e também recordou aos cantores cubanos Silvio Rodríguez e Pablo Milanés, considerou "uma bênção que esta terra tem dado ao mundo" por ela.
"Para Cuba e a virgem da Caridade do Cobre faço este concerto", disse Lila, e inclusive os orixás da religião ioruba receberam uma homenagem de suas mãos, um pouco de mezcal derramado no sólo como é tradição nesta ilha.
O saboroso mole, a suave tortilla de milho -quase tão sagrada para os mexicanos como a hóstia-, movem a inspiração desta compositora, ganhadora de um Grammy na edição de 2013.
Quando o público achava que tudo tinha acabado e já quase chegavam muito próximo da saída, ela os fez regressar aos seus assentos, mas não para se sentar, senão que para dançar.
Lila, como diz em sua canção A chorona, tem a essência do chile verde, picante mas saboroso, e fica impregnado, impossível de esquecer em muito tempo.
Parece impossível para esta mulher ficar quieta quando sobe num palco, apenas esteve um minuto tranquila na Sala Covarrubias do Teatro Nacional, na capital, onde ofereceu ontem um concerto único.
Lila cantou às tristezas da alma, às dores dos povos mais humildes, pois veio promover o disco Pecados e Milagres e terminou alçando sua voz pelo inocente e sua realidade cotidiana.
Com essa mesma destreza vocal entoou o lamento das rancheiras, filhas da mais pura tradição musical de seu país e tão próximas sentimentalmente ao bolero de Cuba.
A desilusão amorosa de Quiçá, quiçá, quiçá e a tristeza de Cucurrucucú pomba fizeram recordar aquela época de ouro do cinema mexicano quando Pedro Infante e a bela María Félix estouravam as bilheterias.
Também cantou e dançou o jarocho, de raiz indígena, africana e espanhola, enquanto em um frenesi de saltos e giros despregava o colorido no ar.
Ainda que não tenha os traços dos povos originais de sua natal Oaxaca, sempre leva a roupa típica dessa região como defesa de sua origem mestiça.
Com um registro vocal que às vezes recorda seus inícios no canto clássico, Lila entoou Mezcalito, La llorona e Zapata queda, composições suas quase desconhecidas em Cuba.
Dedicou Cruz de esquecimento a Chavela Vargas, outra lenda do palco, e também recordou aos cantores cubanos Silvio Rodríguez e Pablo Milanés, considerou "uma bênção que esta terra tem dado ao mundo" por ela.
"Para Cuba e a virgem da Caridade do Cobre faço este concerto", disse Lila, e inclusive os orixás da religião ioruba receberam uma homenagem de suas mãos, um pouco de mezcal derramado no sólo como é tradição nesta ilha.
O saboroso mole, a suave tortilla de milho -quase tão sagrada para os mexicanos como a hóstia-, movem a inspiração desta compositora, ganhadora de um Grammy na edição de 2013.
Quando o público achava que tudo tinha acabado e já quase chegavam muito próximo da saída, ela os fez regressar aos seus assentos, mas não para se sentar, senão que para dançar.
Lila, como diz em sua canção A chorona, tem a essência do chile verde, picante mas saboroso, e fica impregnado, impossível de esquecer em muito tempo.
Fonte:
Prensa Latina
Data:
09/11/2013