O Segundo Encontro de Jovens do Fórum de São Paulo (FSP) exigiu hoje aqui a libertação imediata dos cinco lutadores antiterroristas cubanos que estão presos nos Estados Unidos desde 1998.
 
  A exigência está contida na Declaração Final desse Fórum, que ocorreu nesta capital com a presença de delegados de 64 organizações provenientes de 16 países.
 
Além de requerer a libertação dos Cinco, como são conhecidos nas campanhas internacionais Fernando González, Ramón Labañino, Gerardo Hernández, Antonio Guerrero e René González, o texto condena o bloqueio injusto dos Estados Unidos contra Cuba.
 
O cerco econômico, financeiro e comercial mantido durante quase meio século por sucessivas administrações estadunidenses constitui uma flagrante violação do direito internacional, destaca.
 
A declaração adverte que como conseqüência da aguda crise econômica internacional cresce o desemprego e os jovens são os mais prejudicados, e critica "a hegemonia demente dos Estados Unidos e Europa".
 
Nesse sentido recusa as ações desestabilizadoras e a ingerência e crescente presença militar dos Estados Unidos na América Latina e o Caribe, e condena o golpe de Estado dado no passado ano em Honduras contra o presidente Manuel Zelaya.
 
A juventude do Fórum de São Paulo respalda a luta da Frente Nacional de Resistência hondurenha e reconhece Zelaya como o único e legítimo presidente dessa nação, assinala.
 
Em outra de suas partes, o documento reprocha a política repressiva e autoritária do governante peruano, Alan García, e condena a perseguição iniciada pelo presidente Sebastián Piñera contra o Partido Comunista do Chile.
 
Assegura também "estar consciente dos avanços da direita na região", pese ao qual considera que o momento atual é propício para se propor novos paradigmas de unidade e integração entre os jovens.
 
O desafio principal -enfatiza- é passar das palavras aos fatos e ser a vanguarda na luta por um mundo melhor, "que só será possível com a construção do socialismo".