Jovens do mundo exigem pleno acesso à educação gratuita
O pleno acesso à educação de maneira gratuita deve ser um direito garantido para todos, exigiram hoje aqui participantes do XVII Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes.
Com sede no Centro de Eventos de Tshwane, esse encontro, cuja primeira edição aconteceu em 1947, acolhe cerca de 15 mil delegados de mais de 140 países e seu lema é "Por um mundo de paz, solidariedade e transformações sociais, derrotemos o imperialismo".
Agora se faz mais necessária que nunca a luta contra a mercantilização do ensino e pela criação de uma universidade popular em benefício das novas gerações, expressou a brasileira Kelen Rosso.
Manifestou que a formação dos seres humanos não pode ser um serviço para uns poucos, os mais ricos; deve chegar, ampliou, a todos os setores da sociedade.
A estudante de Ciências Sociais da Universidade Pública do Brasil também criticou as desigualdades existentes em sua nação para se ter acesso a diferentes níveis de estudos.
Não pode a educação ser uma mercadoria, temos que a defender para favorecer os trabalhadores, os camponeses e os indígenas, assinalou o presidente da Organização Continental Latino-americana de Estudantes, Yordanys Charchabal.
Destacou que esta região defende uma nova universidade ao estilo da Escola Latino-americana de Medicina, criada primeiro em Cuba e depois na Venezuela.
Qualquer governo tem o dever de dar oportunidade de alfabetização a seu povo, apontou o cubano Carlos Rangel, que destacou os benefícios do sistema educacional na maior das Antilhas apesar de seus limitados recursos materiais.
Por sua vez, a colombiana Leydis Ramírez criticou o negócio que representa a educação para o governo de seu país quando a Constituição, acrescentou, propõe que deve ser gratuita.
Tal motivo provoca marchas, reclamos e protestos de nossos compatriotas, mas lamentavelmente essas vozes ficam silenciadas por meios que ocultam a realidade, enfatizou.
Entrevistada pela Prensa Latina, a espanhola Marion Pilastre afirmou que é muito importante adquirir conhecimentos, e a luta pela educação para todos não pode cessar.
Lamentou que atualmente em muitas nações europeias se priorizem os estudos superiores relacionados ao setor produtivo em detimento dos tradicionais de grandes saberes, como a História e as Letras.
O que interessa nas universidades é a lógica empresarial e da mercantilização, e dessa maneira se prioriza a produção sobre o conhecimento, afirmou.