Com uma vigília poética instituições culturais iniciam hoje nesta cidade uma programa de atividades pelo bicentenário do natalício do poeta José Jacinto Milanés.

A atividade terá lugar na véspera dos 200 anos do seu nascimento e incluirá uma peregrinação desde o Museu de Arte até um das pontes sobre o rio San Juan, uma das três correntes fluviais que atravessam a vila.

Natural desta cidade a 100 quilômetros ao este de Havana, Milanés (1814-1863) foi poeta, dramaturgo, ensaísta, e um dos principais cultivadores do drama romântico em língua espanhola.

Estudiosos de sua obra consideram-no como o primeiro talento poético cubano, e quase toda sua criação se desenvolveu desde 1835 e até 1843, período enquadrado no romantismo da literatura espanhola.

Para amanhã o programa inclui como principais atividades um Concurso Debate Extraordinário, e a gala noturna com a apresentação da antologia poética El alba y la tarde (A alba e a tarde), a cargo de Lincoln Capote.

O espetáculo pretende nutrir do espírito do poeta, sua ingeniosidade e autêntica qualidade artística, segundo declarou o dramaturgo Ulisses Rodríguez Febles.

Mesmo assim, com motivo da celebração, apresentar-se-á Milanés, las cuerdas de oro (Milanés, as cordas de ouro), biografia escrita pelo pesquisador e historiador Urbano Martínez Carmenate, publicada recentemente.