A VI Feira Internacional do Livro de Cochabamba dará início hoje aqui no centro de exposição da lagoa Alalay, com a presença de selos editoriais da Argentina, Peru e Cuba, este último como convidado especial.  

O Pavilhão Internacional acolhe numerosos stands, nos quais primou a atividade de arrumação impecável durante ontem, com a intenção do deixar tudo pronto para a inauguração, prevista para esta noite. Cuba estará representada por quase uma centena de títulos, entre os quais sobressaem textos de Alejo Carpentier, Miguel Barnet, Jaime Sarutski, Nicolás Guillén e Margarita Mateo, entre outros, que recolhem a realidade da ilha caribenha em temas tão dissimiles como a economia, a religião afrocubana ou suas maravilhas turísticas. 

Entre os títulos sobressaem No século das Luzes e O reino deste mundo, de Carpentier, e Cimarrón, de Barnet, junto a textos sobre a vida do líder da Revolução cubana, Fidel Castro, e o legendário guerrilheiro argentino-cubano Ernesto Che Guevara, assassinado em Bolívia em 1967. 

Não será o pavilhão cubano, no entanto, o único que mostre textos relacionados com a vida e a obra do Che e Fidel Castro, cuja presença passará por outros, entre eles o dos Amigos do Livro. 

Este grupo, com experiência em feiras da Europa e Estados Unidos há 67 anos, mostra vários livros vinculados à vida do Che, entre eles, o Diário de motocicleta. 

Enquanto, do líder da Revolução cubana mostram um dos tomos de suas reflexões. 

Ana Mancuso, encarregada da organização do pavilhão dos Amigos do Livro, assegurou à Prensa Latina que a feira cochabambina constitui um bom lugar para vender, sobretudo livros infantis. 

"A literatura infantil é muito apreciada aqui. Na edição anterior venderam-se muitos livros para pequenos, pelo qual os priorizamos desta vez, ainda que o leitor de qualquer idade possa encontrar o que queira", agregou Mancuso. 

Paralelo à feira, cujo lema será "Os livros escrevem mundos" se desenvolverá, na mesma sede de Feicobol, o terceiro congresso da Organização Internacional para o Livro Juvenil do Sul. 

Ao mesmo tempo, a Universidade Maior de San Simón, o principal centro docente da cidade de Cochabamba, promoverá uma campanha de animação da leitura e um torneio intercolegial de deletreo. 

O centro recreativo contará com um espaço para que os visitantes possam desfrutar de comidas típicas do lugar, consideradas entre as mais populares e famosas do país.