Homenagens a Fidel Castro e Maradona na Argentina
O amor e a gratidão de Diego Armando Maradona ao líder histórico da Revolução, Fidel Castro, a quem considerou um segundo pai, foram elogiados em um ato cheio de simbolismo, liderado por várias organizações argentinas.
As bandeiras de Cuba e da Argentina, o whipala dos povos indígenas, as imagens de Fidel e Maradona, se misturavam do lado de fora da embaixada daquela ilha caribenha em Buenos Aires, onde a Revolução e dois personagens que se uniam ainda mais os laços indissolúveis entre duas nações irmãs.
Paradoxo da vida, o grande Diego do povo resolveu partir no mesmo dia, quatro anos depois, com Fidel, aquele homem que lhe abriu as portas num dos momentos mais difíceis de sua carreira e por quem chorou ao se encontrar seu desaparecimento físico.
Rostos jovens de diversas organizações sociais, representantes do Movimento de Solidariedade com Cuba (MasCuba) gritaram vivas ao Comandante da Revolução Cubana e a um dos argentinos que marcaram um antes e um depois na história do esporte mundial na última semana doloroso para ambos os povos.
'É um momento difícil para a Argentina, é uma perda tremenda. Ele nos representou no futebol como um país único e livre, nós, os jovens, nos representamos porque ele realizou seus sonhos, ele é um grande exemplo', sublinhou um jovem manifestante à Prensa Latina em representação da Federação Territorial Nacional.
Por sua vez, outra voz jovem, do Espaço Fraternidade Cubana Argentina, destacou que Fidel sempre foi um farol para a nossa América e para todos aqueles que abraçam as melhores causas, um visionário.
Entre os rostos presentes no ato em homenagem a esses dois grandes nomes estava Abel Napoles, cubano residente na Argentina, que destacou que Maradona foi além de um grande jogador de futebol, alguém que não esqueceu suas raízes e foi muito próximo de Cuba.
Que ele morreu no mesmo dia que o Comandante é como um sinal, não tenho palavras para expressar o amor e tudo que Fidel e Maradona nos representam, disse ele.
'Com Cuba e com Diego, abaixo o bloqueio', foi ouvido entre as representações populares, sindicais e sociais presentes, em ação coletiva também contra o cerco comercial, financeiro e econômico imposto a essa ilha caribenha há mais de 60 anos pelos Estados. Unidos, exacerbada mesmo em tempos de pandemia.
Durante o encontro, vários manifestantes tomaram a palavra para destacar como o líder histórico marcou um caminho de convergência nos países latino-americanos, e o Pibe de Oro, o grande Diego, foi um de seus filhos adotivos, pelo carinho e admiração que ambos professou.
O destino de Cuba é o destino da América Latina, disse Alberto Más, de MasCuba, lembrando que a ilha abriu as portas para que milhares de pessoas não fossem mortas durante as ditaduras na região. Aquela ilha, disse ele, continua compartilhando o que não tem com 60 anos de bloqueio, lembrou depois de sublinhar que as idéias de Fidel estão mais vivas hoje do que nunca.
Entre gritos e aplausos, o momento também se tornou um espaço para reafirmar a importância da unidade latino-americana frente ao cerco que o imperialismo tenta impor aos nossos povos, argumentaram os participantes.