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FARC-EP saúdam fórum agrário na Colômbia por contribuição à paz

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) afirmaram hoje aqui que é muito importante para a paz nesse país a contribuição dos setores sociais, convocados ao fórum agrário que acontece esta semana em Bogotá. 

"Saudamos esse fórum, nada mais importante do que a opinião do povo e de suas organizações sociais em torno do problema nodal do conflito, o da terra e do território, porque de sua solução depende o destino da Colômbia", afirmou o comandante guerrilheiro Iván Márquez na retomada da mesa de conversas com o Governo da nação sul-americana. 

Em suas tradicionais declarações à imprensa ao chegar ao havaneiro Palácio de Convenções -sede permanente das conversas iniciadas no dia 19 de novembro-, os insurgentes asseguraram que para avançar para o fim do conflito é fundamental a participação popular, com suas opiniões e propostas.

Nossa delegação levará em conta e defenderá na mesa os pontos de vista emanados da reflexão e do consenso do fórum, disse Márquez, que dirige a equipe das FARC-EP na aproximação com o Governo do presidente Juan Manuel Santos.

De 17 a 19 de dezembro, mais de 1.200 representantes da sociedade civil colombiana participam de um encontro sobre desenvolvimento agrário integral, que com o apoio das Nações Unidas e da Universidade Nacional deve contribuir elementos ao diálogo em Havana, segundo um acordo das partes.

A propósito da questão da terra, o primeiro ponto na agenda das conversas entre FARC-EP e Governo, Márquez assegurou que a guerrilha respalda as unidades agrícolas familiares e o fortalecimento da pequena e média propriedade rural em benefício de uma economia soberana.

Além disso, chamou através do comunicado lido aos jornalistas a ressarcir os seis milhões de deslocados e a "devolver ao povo os mais de sete milhões de hectares de terra que lhe foram usurpados pelo terrorismo de Estado".

Como tem sido regra desde o começo do processo que tem Cuba e Noruega como garantidores, a delegação governamental, dirigida pelo ex-vice-presidente Humberto de la Calle, não ofereceu declarações ou comentários à imprensa presente no Palácio de Convenções para cobrir as conversas.

A participação popular no processo criado para buscar o fim de décadas de conflito armado também tem sido defendida pelo gabinete de Santos.

Nesse sentido, as representações do Governo colombiano e das FARC-EP, na mesa, decidiram vários espaços para recolher propostas da sociedade, entre eles uma página na internet ativada ni dia 7 de dezembro.

Segundo informado aqui, as conversas no atual ciclo, o segundo desde a instalação do diálogo em Havana, se estenderão até a próxima sexta-feira e depois terá recesso até o dia 8 de janeiro, quando devem receber na mesa as opiniões dos cidadãos emanados do fórum agrário integral de Bogotá.

Fonte: 

Prensa Latina

Data: 

18/12/2012