Explica Alarcón no Panamá mudanças econômicas e situação dos Cinco
O presidente da Assembleia Nacional de Cuba, Ricardo Alarcón, explicou hoje em detalhes as mudanças econômicas em curso em seu país e a situação dos cinco antiterroristas cubanos injustamente presos nos Estados Unidos.
Com uma participação impressionante que transbordou para fora da sala de ato da embaixada da Venezuela no Panamá, Alarcón disse que o problema principal em Cuba é a guerra econômica dos Estados Unidos que não parou, e inclusive em algum aspecto se intensificou sob a administração de Barack Obama.
Explicou o processo de modificação econômica como mudanças para diminuir a burocracia, reduzir o papel do Estado, dar autonomia às empresas e mais espaço à atividade particular, não para privatizar nem abandonar o socialismo, senão para o salvar com participação da gente.
Falou dos alinhamentos econômicos aprovados pelo congresso do partido depois de uma ampla discussão popular, e sua aplicação nestes momentos no que denominou o socialismo possível em Cuba.
Numa ativa sessão de perguntas e respostas Alarcón falou da cúpula climática de Durban e comparou-a com a do Rio na qual falou Fidel Castro, e recordou que então se pediu uma mudança dos padrões de produção e consumo que não se conseguiu e portanto seguem os danos ambientais que esse modelo ocasiona.
Os assistentes interessaram-se pela situação de Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerreiro, Fernando González e René Gonzáles, conhecidos como Os Cinco antiterroristas cubanos.
Depois de descrever as irregularidades e vícios dos processos judiciais em Miami, em especial os primeiros, Alarcón destacou o caso de René, quem cumpriu sua condenação e submetem-no agora a três anos de liberdade supervisionada sem deixa-lo regressar a seu país para reunir-se com sua família.
Também explicou em detalhes a situação atual dos outros quatro em diferentes momentos de suas apelações colaterais, extraordinárias ou de habeas corpus.
Disse que era bonito estar na sede da embaixada venezuelana no Panamá e falar de Cuba em momentos em que começa em Caracas uma cúpula para criar a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos, quando se celebra o 55 aniversário de desembarque do Granma.
Mais de meio século depois dessa épica façanha, Raúl Castro encontra-se com Hugo Chávez em Caracas, juntos com o pensamento de Fidel, porque o que ocorre nestes momentos na Venezuela tem muito a ver com ele e o que ocorreu a 2 de dezembro de 1956.
Na apresentação de Alarcón falou o embaixador de Cuba, Reinaldo Calviac, o ministro conselheiro venezuelano, Ramón Alfredo López Martínez e vários deputados bolivarianos que participaram numa assembleia do Parlamento Latino-americano.