Adriana Pérez, esposa de um dos cinco cubanos presos nos Estados Unidos, actualizará ao público do Canadá sobre a situação desses homens e as irregularidades cometidas em seu processo judicial, informou hoje uma fonte oficial.

Peréz e o embaixador de Cuba aqui, Julio Garmendía, participarão numa conversa programada para a segunda-feira 15 de abril no hotel Westin Bayshore de Vancouver e outro no dia 20 na sede do sindicato de Trabalhadores Unidos do Aço, em Toronto.

Em ambas citas detalhará o caso de seu cónyuge Gerardo Hernández e de seus compatriotas René González, Ramón Labañino, Fernando González e Antonio Guerreiro, comunicou a Prensa Latina o Comitê Nacional para a Libertação desses lutadores.

Quatro desses homens -conhecidos internacionalmente como Os Cinco- enfrentam severas sanções desde 2001 por dar seguimento a grupos violentos radicados em Miami, desde onde planificam ações como as que nos últimos 53 anos deixaram mais de três mil 400 vítimas em Cuba.

Enquanto, René González saiu de prisão o 7 de outubro de 2011 após 13 anos, mas tem um castigo adicional de três anos sob liberdade supervisionada em Flórida, no sul dos Estados Unidos.

O Comitê recordou em sua nota que Estados Unidos lhe negou constantemente a visa a Adriana Pérez para visitar a seu esposo Gerardo, submetido a mais duas correntes perpétuas 15 anos de cárcere com os cargos de conspiração para cometer assassinato e espionagem, ainda que não existem evidências provadas desses delitos.

Considerou que essa postura do Governo se deve a uma "política viciosa e anti-humana contra Cuba", país ao que a Casa Branca também impôs um bloqueio econômico, financeiro e comercial desde faz mais de meio século.

As conversas no Canadá são organizados pelo sindicato de Trabalhadores Unidos do Aço e seus patrocinadores são o Comitê pela Liberdade dos Cinco de Vancouver, a Associação de Amizade com Cuba dessa cidade e o agrupamento Comunidades de Vancouver em Solidariedade com Cuba.

Os Cinco foram processados em Miami no meio de um clima mediático hostil encaminhado a manipular a opinião pública, persuadir ao júri e assegurar que fossem condenados.

Seus advogados buscam demonstrar como as autoridades federais pagaram a jornalistas e meios de imprensa para montar uma campanha com influência negativa sobre o julgamento e os acusados.