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Empresa socialista: Fundamental no modelo cubano, mas com mudanças

A empresa estatal socialista é a fórmula fundamental no modelo econômico cubano, mas é preciso modificar suas regras de funcionamento, afirmou hoje aqui o vice-presidente do Conselho de Ministros, Marinho Murillo.

O chefe da Comissão de Implementação dos Alinhamentos, aprovados pelo Partido Comunista de Cuba para a atualização do modelo socialista na ilha, interveio na Comissão de Assuntos Econômicos da Assembleia Nacional do Poder Popular, que sessiona prévio ao início amanhã de sua oitava legislatura.

A respeito, sublinhou que não há atualização do modelo econômico cubano se não houver modernização do sistema empresarial socialista.

Afirmou que as diretrizes do próximo orçamento nacional contêm os primeiros passos para mudar as regras de jogo que regem o setor estatal no país.

Entre as mudanças inclui-se que a empresa fica com os fundos de amortização, cuja maioria hoje passa para as mãos do Estado.

Também disporá de 50 por cento dos rendimentos depois do pagamento dos impostos. "O grande desafio é conseguir que a empresa estatal tenha a independência relativa no socialismo", indicou Murillo.

Disse que a nova política sobre o objeto social define a atividade fundamental da empresa, mas as não fundamentais são prerrogativas do diretor.

Não vamos questionar as faculdades empresariais, mas vamos enfrentar a irracionalidade das despesas, advertiu.

Comentou casos de cadeias produtivas paradas a espera da aprovação "de uma rede de permissões" ao nível superior.

Sobre isso expressou a contradição de ter empresas que durante vários anos trabalham com perdas sem que o Estado as feche ou decida refinanciá-las.

Tivemos uma empresa com nove anos de perdas. Como vivia? Não pagava suas dívidas, citou na mencionada comissão, da qual participou o presidente do Parlamento cubano, Esteban Lazo.

Se queremos estimular as forças produtivas, é preciso transformar o sistema empresarial socialista, dimensionou ao antecipar mudanças no vínculo com o orçamento, os investimentos, o objeto social, o pedido estatal e o reconhecimento do mercado.

Além do intercâmbio sobre estes temas, a Comissão de Assuntos Econômicos da Assembleia deverá opinar nesta sexta-feira sobre o relatório de liquidação do orçamento do ano passado.

Fonte: 

Prensa Latina

Data: 

05/07/2013