Cuba cumpriu aqui um papel decisivo na 22 sessão ordinária do Conselho de Direitos Humanos, onde promoveu importantes resoluções e se opôs à seletividade, os dobros raseros e as acusações de Occidente contra alguns países do Sul.

De acordo com um comunicado da embaixada de Havana em Genebra, dado a conhecer hoje, a proposta dessa nação o órgão da ONU adotou por consenso uma iniciativa sobre o direito à alimentação, para dar continuidade ao tratamento desse tema no Conselho.

Também se aprovou uma resolução referida à importância de atingir um equilíbrio regional no pessoal do Escritório do Alto Comisionado dos Direitos Humanos, a fim de que represente realmente à rica diversidade do mundo em termos de sistemas legais e políticos e escolas de pensamento.

Ambas resoluções contaram com um amplo número de co-patrocinadores, precisa o texto.

A delegação cubana opôs-se determinadamente às resoluções impostas contra países específicos, em particular as promovidas contra Irã, a República Popular Democrática da Coréia, Síria e Sri Lanka.

Estas iniciativas não pretendem uma genuina cooperação, estão guiadas por motivações exclusivamente políticas e de dominação, e algumas delas podem se utilizar como justificativa para promover intervenções militares e impor mudanças de regime, afirmou a embaixadora cubana em Genebra, Anayansi Rodríguez.

A participação de Cuba, junto a outros países, foi fundamental para frear as tentativas de várias delegações ocidentais de incluir nos trabalhos do Conselho o controversial conceito da responsabilidade de proteger, acrescentou.

Esse tema está ainda baixo discussão na Assembléia Geral da ONU e não goza de consenso para debater neste foro, recordou.

Os esforços de Cuba e outras delegações -disse- conseguiram evitar que se entronizara nos labores deste órgão.

A 22 sessão regular do Conselho de Direitos Humanos da ONU começou o 25 de fevereiro e estendeu-se até o 22 de março.