O Ballet Nacional Sodre, do Uruguai, dirigido pelo ex bailarino argentino Julio Bocca, debutará hoje no festival habanero que entra em seu primeiro fim de semana com peças clássicas e contemporâneas. 

Afastado dos palcos desde seu retiro em 2006, Bocca volta a cita-a danzaria à frente de uma companhia fundada faz 65 anos que, segundo disse, tenta revitalizar. 

Os bailarinos de Sodre subirão ao capitalino teatro Mella com Nossos valses, uma coreografia de Vicente Nebrada e música de Teresa Carreño. Trata-se de uma obra antiga, de muita complexidade, explicou em conferência de imprensa a véspera. 

Nesse mesmo palco estarão também o bailarino Esteban Berlanga, do English Nacional Ballet, e Rafael Coumes-Marquet, do Dresden Semperoper, com a estréia de Faun(e), do inglês David Dawson. 

O programa marco inclui aos membros de Solodosneodans, de Espanha, com um espetáculo de quatro peças, interpretado pelos bailarinos Manuel Garzón, Erick Jiméndez, Amparo Novas e Maruxa Salas. 

Por segundo dia à sala García Lorca subirá A bela durmiente do bosque, versão de Alicia Alonso sobre a original de Marius Petipa, com os primeiros bailarinos do Ballet Nacional de Cuba Sadaise Arencibia e Alejandro Virelles nos papéis principais. 

No teatro Karl Marx estarão outras duas figuras da companhia cubana, Viengsay Valdés e Elier Bourzac, com Shakespeare e suas máscaras, de Alonso. 

Como parte das atividades colaterales no lobby dessa sala se inaugurará a exposição Alicia Alonso e o American Ballet Theatre, fotos de família, com imagens da prima ballerina assoluta cubana e seu passo por essa companhia, que regressa ao festival depois de meio século para a homenagear em seu 90 aniversário.