Cuba solicita evitar manipulação e seletividade em tema dos direitos humanos
Cuba convocou nas Nações Unidas para proteger o Conselho de Direitos Humanos de práticas como a dúbia moral, a manipulação e a seletividade, para garantir o diálogo respeitoso e a cooperação no seu seio.
“Há que evitar que se reeditem neste órgão as práticas negativas que levaram a colapsar e a desacreditar a antiga Comissão dos Direitos Humanos. Cuba deixou bem claro seu repúdio à imposição destas praticas”, afirmou na Assembléia Geral da ONU o representante permanente da Ilha, Rodolfo Reyes.
Em sua intervenção na sessão da Assembléia dedicada a analisar a gestão do Conselho de Direitos Humanos, o diplomata alertou que nesse ente, fundado em 2006, se levam a cabo ações contrárias a seus propósitos de constituir um espaço para a cooperação e o intercâmbio.
Há sete anos, a Comissão de Direitos Humanos foi substituída pelo atual órgão de 47 membros, com expectativas do cessar dos confrontos e dos ataques seletivos a nações em desenvolvimento.
Para Cuba, ante as ameaças de que essas velhas práticas invadam o Conselho, o Exame Periódico Universal (EPU) se consolida como o único mecanismo existente para a análise integral da situação dos direitos humanos em todos os países.
Trata-se do principal elemento distintivo do Conselho em relação com a Comissão, advertiu Reyes.
Segundo o embaixador cubano ante a ONU, o EPU demonstrara que constitui um meio para a cooperação internacional em matéria de direitos humanos, sobre a base do diálogo construtivo e o respeito aos princípios de universalidade, imparcialidade e não seletividade.
A propósito da eleição da Ilha para integrar o Conselho de Direitos Humanos, em 1º de janeiro do ano próximo, o diplomata agradeceu a confiança recebida da comunidade internacioonal.