Cuba se pronuncia na Unesco por uma cultura de paz
Cuba fez um pronunciamento hoje perante a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) por uma cultura de paz em um mundo atacado por guerras atrozes e atos terroristas.
Nossa rica diversidade está sendo ameaçada pelo extremismo fanático daqueles que consideram que suas opções são as únicas, expressou Juan Antonio Fernández, representante da nação caribenha perante o Conselho Executivo dessa instituição.
Pretendem impor uma monótona e inaceitável uniformidade, inclusive mediante a destruição deliberada de sítios do Patrimônio Mundial, apontou.
Fernández enfatizou que a acelerada mudança climática, consequência entre outros fatores dos irracionais modelos de produção e consumo do primeiro mundo, coloca em perigo a sobrevivência da própria espécie humana.
Por isso, se pronunciou a favor de que a Unesco realize uma contribuição ainda maior na busca da paz e na promoção do desenvolvimento sustentável, ao mesmo tempo em que reiterou a necessidade de uma reforma holística e integral dessa instituição e sua gestão.
A Proclamação da América Latina e do Caribe como Zona de Paz na II Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos em Havana, consagra o respeito aos princípios e normas do Direito Internacional e uma cultura de paz, enfatizou.
O servidor público apontou que a educação é essencial para vencer a ignorância. A ciência é o melhor antídoto contra o obscurantismo e o combate a vírus e pandemias.
A cultura é a chave para compreender a riqueza da diversidade e apreciar as insubstituíveis maravilhas do patrimônio universal da humanidade.
A informação e as comunicações facilitam o conhecimento mútuo e o debate das ideias, realçou.
Assim mesmo, chamou a deixar de lado os egoísmos e interesses restritos, a escolher o caminho da inclusão e o diálogo participativo, e a que se reafirme o compromisso de uma Organização a serviço de todos e com todos.
Segundo a posição defendida por Cuba, não há tarefa mais urgente e necessária que concentrar todas nossas energias e esforços na implementação da Agenda para o Desenvolvimento Pós-2015, recém adotada por nossos Chefes de Estado e de Governo na Assembleia Geral das Nações Unidas, acrescentou.
Nesse sentido, agregou, precisamos de uma Organização forte e dotada de recursos humanos e financeiros imprescindíveis para desempenhar seu trabalho com maior eficácia e eficiência, para contribuir desde seu mandato e sem descanso ao cumprimento dos objetivos do desenvolvimento.
Fernández reiterou o compromisso da nação caribenha com a Unesco e os valores que ela representa.
Cuba, que planta tanta solidariedade, espera no próximo dia 27 de outubro um apoio esmagador da comunidade internacional em ocasião da votação da Assembleia Geral das Nações Unidas que exigirá, uma vez mais, acabar com a longa e injusta política de bloqueio imposta pelos Estados Unidos, concluiu.