O presidente Raúl Castro expressou ontem a solidariedade e apoio de Cuba à presidenta brasileira Dilma Rousseff, e manifestou o otimismo de seu país pelos avanços nos diálogos de paz entre o governo colombiano e as FARC-EP.
 
No Brasil, a oligarquia também não poupa esforços para tentar derrubar a presidenta Dilma Rousseff mediante um golpe parlamentar, apontou Raúl Castro ao concluir o VI Período Ordinário de Sessões da Oitava Legislatura da Assembleia Nacional do Poder Popular, no central Palácio de Convenções.
 
"Chegue a ela e ao irmão povo brasileiro nossa solidariedade e apoio na batalha que se trava em defesa dos avanços sociais e políticos alcançados durante estes 13 anos de liderança do Partido dos Trabalhadores", sublinhou.
 
Afirmou que a história demonstra que quando a direita chega ao governo não hesita em desmontar as políticas sociais, beneficiar os ricos, restabelecer o neoliberalismo e aplicar cruéis terapias de choque contra os trabalhadores, as mulheres e os jovens.
 
Décadas de ditaduras militares na América Latina e novos métodos de desestabilização contra governos progressistas nos ensinaram que o imperialismo e a direita também não renunciam à violência para impor seus interesses, assinalou.
 
Além disso, destacou o otimismo de Cuba pelos avanços nos diálogos de paz entre o Governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP), processo que está mais próximo que nunca da conquista de um acordo que ponha fim ao conflito armado que tem sangrado essa nação durante mais de meio século.
 
"Continuaremos nosso trabalho imparcial como garantidores e sede do processo", sublinhou o Presidente.
 
Argumentou que em meio a este contexto regional arriscado e complexo, é essencial defender a unidade da CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) como mecanismo indispensável, legítimo, unitário e diverso de acordo político e integração, que tem tornado possível reunir pela primeira vez, sob um propósito comum, os 33 Estados de Nossa América.
 
Exaltou que a Declaração da América Latina e do Caribe como Zona de Paz, assinada por todos os chefes de Estado e de Governo na II Cimeira da CELAC, realizada em Havana em janeiro de 2014, é uma sólida base para desenvolver as relações entre nossos países e a nível internacional.
 
Adiantou que no próximo mês Cuba assumirá a presidência da Associação de Estados do Caribe, sob o firme e inalterável compromisso com a causa da unidade e da integração latino-americana e caribenha.