Cuba é expressão de internacionalismo
PRETÓRIA.— Thembisile “Thembi” Majola, vice-ministra da Energia da África do Sul, afirmou que Cuba constitui a mais alta expressão do internacionalismo no mundo.
“Milhares de médicos, enfermeiros, professores e profissionais, em sentido geral, pela África toda e em outros lugares atestam isso”, assegurou a vice-ministra em uma entrevista com a Prensa Latina, ao lembrar passagens do exílio, seus estudos em Cuba na década de 1980, o retorno à África do Sul e os desafios atuais.
Congratulou-se, acima de tudo, pelas “duas décadas de colaboração oficial entre os dois países (que se completaram em fevereiro de 2016)”, mas deixou claro que a amizade com o ANC é “forte e de muito antes”, particularmente pela contribuição cubana à liberdade da África do Sul.
“Eu sou um resultado dessa cooperação entre Cuba e o ANC”, sublinhou Thembisile Majola, também embaixadora, ao explicar que viajou ao território do Caribe do “meu exílio na Zâmbia”.
“Muitos africanos, latino-americanos, caribenhos... têm sido educados em Cuba. E é admirável porque vocês não têm diamantes, nem ouro, nem grandes recursos, mas sim coração e esse espírito de solidariedade”, sublinhou Majola, quem estudou vários anos na Ilha.
Em Cuba eu fui feliz. Viver entre estudantes de quase 50 nacionalidades foi como outra escola para mim. Era compartilhar um mundo dentro de um país, acrescentou.
Quando concluiu de estudar na Ilha viajou para a Tanzânia, Angola... até que em maio de 1990, quatro meses depois da libertação de Nelson Mandela, retornou à África do Sul, onde entre outras tarefas, participou da organização, no novo cenário, da Liga Nacional de Mulheres do ANC.