Cuba defende na Unesco solução pacífica na Síria
Cuba afirmou hoje ante a Unesco que impedir uma agressão contra Síria para fazer prevalecer a paz é a mais urgente prioridade da comunidade internacional e reiterou seu apoio às iniciativas para uma solução negociada ao conflito.
"Síria está na mira, em um Oriente Médio que convulsiona e se dessangra por guerras e conflitos fratricidas atiçados por interesses estrangeiros e um intervencionismo descarnado", disse o representante cubano no Conselho Executivo da Unesco, Juan Antonio Fernández.
Expressou o apoio inequívoco de seu país às iniciativas responsáveis que buscam uma solução negociada com pleno respeito à independência, soberania e ao direito à autodeterminação do povo sírio.
Em seu discurso no 192 Conselho Executivo da Unesco, o servidor público cubano denunciou o escandaloso e indiscriminado sistema de espionagem em massa dos Estados Unidos, que tem levantado uma onda de repúdio mundial.
"Já pouco importa que se nos qualifique de aliados ou adversários quando todos somos objeto de vigilância e escrutínio, inclusive das Nações Unidas", assegurou.
Nesse sentido, o representante cubano expressou seu mais firme apoio à iniciativa apresentada por Brasil para que o Conselho e a Unesco abordem a questão da "privacidade e a ética em internet".
Em sua intervenção referiu-se também à crise que sofre a Organização de Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura devido ao não pagamento das quotas dos Estados Unidos.
Washington suspendeu há dois anos suas contribuições à Unesco, em represália à admissão da Palestina nesse foro como membro de pleno direito.
O delegado cubano saudou a decisão do Comitê Consultivo do Programa da Memória do Mundo da organização de incluir no Registro Internacional a coleção Vida e Obra de Ernesto Che Guevara.
Esta coleção, disse, atraiu uma muito positiva e ampla repercussão midiática. O Programa Memória do Mundo quiçá não teve nunca antes tanta visibilidade e notoriedade.
Muito próximo da próxima Conferência Geral, expressou Fernández, nosso olhar está agora em tudo o que falta por fazer para que a Unesco seja reconhecida por sua liderança e contribuição à paz em um mundo inseguro e por seu contribua ao desenvolvimento e a erradicação da pobreza.