Cuba amanheceu hoje de luto pela sensível perda do Comandante da Revolução, Juan Almeida Bosque, um dos mais queridos de seus dirigentes, participante destacado das principais batalhas livradas pelo país.

Comunistas espanhóis expressam pesar por falecimento de Almeida.

Longas filas de cidadãos desta capital começaram muito cedo a situar-se na emblemática Praça da Revolução para chegar, ordenadamente, até o Memorial José Martí, lugar onde homenagerão ao combatente falecido.

Homens, mulheres, adolescentes e até crianças foram convocados pela esteira de simpatia e agradecimento provocada por quem surgira das mesmas entranhas do povo e fora participante dos mais destacados episódios nacionais nas últimas seis décadas.

Almeida, sempre junto a Fidel Castro, se incorporou muito jovem à luta contra a ditadura de Fulgencio Batista nos anos 50, participou no assalto ao Quartel Moncada, sofreu prisão política e exílio, chegou a Cuba a bordo do yate Granma e assim chegou também à Sierra Maestra.

Durante a luta guerrilheira foi chefe da Segunda Frente Oriental que foi peça importante no golpe definitivo para derrocar à ditadura apoiada pelos Estados Unidos.

Importantes funções desenvolvidas no governo como Vice-presidente do Conselho de Estado e no Partido Comunista de Cuba, em seu caráter de membro do Burô Político, foram coroadas, já ao final de sua vida, por seu trabalho na Associação de Combatentes da Revolução Cubana.

Sua vinculação íntima com a causa revolucionária, seu trabalho infatigável e sua reconhecida humildade, deixaram impressões nesse povo que agora se apressa para lhe render homenagem póstuma.