Continuam na ONU pedidos de fim do bloqueio contra Cuba
Presidentes, primeiro-ministros e chanceleres de vários continentes mantêm vivo no debate anual da Assembleia Geral da ONU o fim do bloqueio estadunidense contra Cuba, fórum que entra hoje em seu antepenúltimo dia.
Desde seu início, na terça-feira passada, a plenária da Assembleia foi cenário de reclamações aos Estados Unidos para pôr um fim ao cerco econômico, comercial e financeiro vigente por mais de meio século, apesar da rejeição da comunidade internacional.
Ontem, representantes no debate de alto nível da Venezuela, Nicarágua, Jamaica, São Vicente e Granadinas, Guiné, Ilhas Salomão, República Popular Democrática da Coréia (RPDC) e Laos defenderam o fim das sanções unilaterais impostas à ilha.
Em seu discurso, o vice-presidente nicaraguense, Moisés Omar Halleslevens, chamou de cruel, desumano e criminoso o bloqueio contra Cuba, enquanto a chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez, exigiu indenizações para o povo da ilha pelo impacto da ilegal e arrogante política de Washington.
Por sua vez, o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, considerou o bloqueio um castigo em resposta à construção em Cuba de um projeto dirigido a derrotar as desigualdades.
Na sua intervenção no debate da Assembleia Geral, o chanceler da RPDC, Ri Yong Ho, afirmou que a aplicação do bloqueio pelos Estados Unidos durante várias décadas constitui um 'típico exemplo da total ausência de justiça internacional'.
O presidente da Guiné, Alpha Condé, também defendeu no dia de ontem po levantamento do bloqueio.
Com os pedidos além dos primeiro-ministros da Jamaica, Andrew Holness, Ilhas Salomão, Manasseh Sogavare, e Laos, Thongloun Sisoulith, somam mais de 20 os governos que têm aproveitado sua oportunidade de se dirigir ao mundo para defender o fim do bloqueio contra Cuba.
Nos dias prévios ao encontro de alto nível já haviam se manifestado pelo fim do bloqueio os chefes de Estado e de Governo da Bolívia, Angola, Burkina Faso, Guiné Equatorial, El Salvador, Gana, México, Uruguai, Costa Rica, Guiana, Brasil, Micronesia e Nauru.