Bielorrússia aplicará o medicamento cubano único no mundo para a cura do pé diabético Heberprot-P, segundo um acordo assinado aqui, destacam hoje os meios bielorrussos.

O doutor Luis Herrera, diretor do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB) de Havana, e o titular em funções da empresa farmacêutica Belmedpreparaty (BMP), Alexander Griegoriev, assinaram o documento.

Angiólogos cubanos chegaram a Minsk para capacitar os médicos locais no uso do biofármaco para a cura de lesões epidérmicas em estado avançado e com alto risco de amputação, provocadas pela diabetes mellitus, segundo o entendimento.

Com numerosas premiações científicas, Heberprot-P está patentado em 18 países entre os que figuram Argentina, Brasil, Venezuela e outros da Europa e Ásia, além de Cuba, onde já demonstrou massivamente sua eficácia terapêutica.

90 por cento dos diabéticos de todo mundo estão classificados como do tipo 2, em quem a doença se origina pelo sedentarismo, os maus hábitos alimentares e a obesidade, pelo que chamam a este padecimento de a epidemia do século XXI.

Na Bielorrússia, existe um programa nacional para atender este padecimento e as autoridades sanitárias consideram que a solução injetável na úlcera do pé contribuirá para aumentar sua efetividade e ajudará a reduzir o número de amputações.

Durante sua estada de trabalho em Belarús, Herrera sustentou um encontro com o ministro de Saúde, Vasily Sharko, e diretores do setor, no qual passou revista à possível introdução na nação centroeuropeia de outros biofármacos cubanos.

Em declarações à Imprensa Latina, Herrera ponderou a possibilidade de levar a cabo operações conjuntas com instituições de países da Comunidade de Estados Independentes, e que a experiência com alguns dos produtos criados em Cuba se transmita a esta zona.

Aspiramos a concretizar programas como o da úlcera do pé diabético, e introduzir medicamentos de outras instituições como os anticorpos monoclonais no tratamento do câncer, criados pelo Centro de Inmunologia Molecular de Havana, disse.

As estatísticas médicas mostram que na Rússia existem entre 12 e 13 milhões de diabéticos, não menos de um milhão sofrem úlcera do pé, deles uns 300 mil em grave estado, e ao menos 80 mil sofrem amputações a cada ano.