De “explosão de adrenalina”, acompanhada de uma emoção e responsabilidade muito grandes qualificou o ator Benicio del Toro, a estréia no Festival de Cinema de Havana dos dois filmes sobre Che Guevara dirigidos pelo norte-americano Steven Soderberht.

Del Toro esteve presente na estréia dos longas em Cuba, celebrada sábado à noite, no cinema Yara, um dos mais importantes da capital cubana. O ator, de origem porto-riquenha, que interpretou Ernesto Guevara nas duas peças (Che 1: El Argentino e Che 2: Guerrilla), afirmou que essa noite seria um momento especial de seu biografia.

Aliás, o ator, disse admirar no Guerrilheiro Heróico – como se conhece por aqui – sua vontade. Também disse comungar com muitas de suas idéias, por achá-lo uma figura histórica e um homem muito conseqüente. Tudo isso faz que sinta o maior respeito por ele.  

Por sua vez, o produtor Álvaro Longoria declarou que foram doadas 20 cópias de Che 1 e 2 ao Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográficas (ICAIC), para assim poderem ser vistas pelo povo cubano depois de concluir o atual XXX Festival Internacional do Novo Cinema Latino-americano.

Do encontro com a imprensa credenciada ao festival também participaram os atores Rodrigo Santoro, que encarna Raúl Castro na obra e aparece três vezes por semana na telinha cubana vivendo o Diogo de Mulheres apaixonadas (novela de Manoel Carlos, há meses no ar) e o colombiano Santiago Cabrera, o Camilo Cienfuegos dos filmes de Sodenberht.

Os dois intérpretes destacaram a grande impressão que lhes causou a estréia em Havana de O argentino e O guerrilheiro e a grande responsabilidade que se sente ao assumir personagens históricas tão importantes.