Avança em Havana ciclo 40 de diálogo de paz para a Colômbia
As delegações das FARC-EP e o governo da Colômbia continuam hoje o ciclo 40 dos diálogos pela paz nessa nação sul-americana, cujo tema está centrado na justiça transicional.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo (FARC-EP) rechaçaram a criminalização contra a guerrilha, mediante a fabricação de expedientes forjados, de acordo com um comunicado difundido aqui.
Reclamaram também cessar esse tipo de hostilidade e frear a ofensiva midiática que busca desconhecer o caráter político da insurgência.
Essas partes reiteraram a medida do cessar-fogo após um mês de adotada de forma unilateral e enfatizaram a importância de que a mesma fosse bilateral, ao recordar que este é uma reivindicação nacional.
Denunciaram também a presença paramilitar em regiões onde se impulsiona um projeto de desminagem, o que tem provocado a paralisação do mesmo na comunidade de Orejón.
A guerrilha assinalou a intimidação permanente de grupos paramilitares que ameaçam a livre mobilidade e o abastecimento de mantimentos à comunidade e agem abertamente aos olhos de todos os moradores do município de Briceño, sem que as forças militares e policiais desenvolvam ações contra eles.
Nesta terça-feira, a mesa de diálogo de paz cedeu seu espaço ao encontro da subcomissão de gênero da Colômbia, onde participaram especialistas de uma dezena de organizações femininas.
Os chefes das delegações das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) e do governo deram as boas-vindas às representantes dos agrupamentos.
Essas últimas fizeram recomendações às partes para um adequado enfoque na redação dos acordos e também para a participação da mulher finalizado o conflito.
A representante da comissão de gênero das FARC-EP, Victoria Sandino, assegurou que a guerrilha não tem nem como política, nem como arma de guerra, a violência contra a mulher.