Adverte Fidel Castro que evitar guerra nuclear é uma prioridade
O líder da Revolução cubana, Fidel Castro, afirmou que a comunidade internacional deve considerar como prioridade evitar uma possível guerra nuclear, derivada de um ataque dos Estados Unidos contra Irã.
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Em entrevista concedida aos reconhecidos jornalistas venezuelanos Vanessa Davis, Andrés Izarra, Walter Martínez e Mario Silva, Fidel Castro destacou que tem dedicado tempo a meditar sobre este problema e ainda que existem outras situações, este é de máxima de prioridade.
Tinha uma grande preocupação, inicialmente era um pouco mais pessimista, mas sabia que existia possibilidade de sobrevivência sobretudo na América Latina e Caribe, onde supõe que não existam projéteis apontando a Rússia ou China. Não acho que exista outra região no mundo com as mesmas condições de pouca perigosidade, disse.
Cheguei a uma conclusão e vi a possibilidade que se salvasse a paz e se evitasse a guerra nuclear, que é o mais importante hoje, pois salvando a paz se evita o perigo de guerra, apontou.
Compreendi que isso deve passar pela decisão de um só homem, cujo poder é muito relativo, por muitas razões, uma delas é que existe um enorme aparelho militar, o qual tem sido mudado.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não é um assassino, não é um ignorante, não é um estúpido, não é uma espécie de Nero e não precisa impor ao aparelho militar industrial pois o tem na mão, ele não tem se apercebido, afirmou o líder da Revolução cubana. Fidel Castro assegurou que Irã não baixará a cabeça e, se revistar os navios mercantes da nação persa começaria uma guerra; depende de nós que o persuadamos. Se criamos uma opinião publica que pressione, Obama não apertará o gatilho.
Ao responder uma pergunta sobre um possível atentado contra o mandatário estadunidense, afirmou que o fato que não tenham eliminado fisicamente a Obama é coisa da casualidade, poderia ser assassinado, mas agora não o vão fazer, ele sabe se cuidar.
Indicou assim mesmo que será difícil persuadir ao governo de Israel, país que sempre foi soberbo e temerário, mas não atacassem a Irã sem uma ordem dos Estados Unidos.
O primeiro secretário do Partido Comunista de Cuba destacou os gerenciamentos que levam a cabo potências como Rússia e China, cujos governos mais que ninguém desejam a paz e estão atuando nesse sentido.
No caso de Cuba há uma experiência, não somos um grupo de torcedores que começam a falar de problemas nucleares, falo de um país que esteve a ponto de ser alvo de não se sabe de quantas armas nucleares, indicou ao recordar a crise de Outubro, em 1962.
Temos um sentimento patriótico, de dignidade nacional, fortalecidos por uma ideia revolucionária com uma luta dura, na qual pusemos todas nossas energias, em uma situação que foi muito consciente que não queríamos tais projéteis aqui, preferíamos ter nossa imagem de nação que não era base militar de ninguém, assegurou.