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A Revolução foi defendida no julgamento do Moncada

Data: 

15/10/2019

Fonte: 

Periódico Granma

«NESTE julgamento, algo mais do que a simples liberdade de um indivíduo está sendo debatido; discutimos questões fundamentais de princípios, julgamos o direito dos homens de serem livres, discutimos a própria base de nossa existência como nação civilizada e democrática». Ele era o jovem advogado Fidel Castro, em 16 de outubro de 1953. Ele improvisou sua alegação de defesa pelos sucessos do Moncada, fora da Câmara Plenária da Corte da Oriente, onde o julgamento começou em 21 de setembro e do qual ele foi separado, dois dias depois, arbitrariamente.
 
Agora, a causa 37 está prestes a fechar e expõe a legítima defesa do ataque ao quartel Moncada perante o Tribunal: «Como resultado de tantas maquinações obscuras e ilegais, à vontade daqueles que governam e fraqueza dos que julgam, aqui estou nesta sala do Hospital Civil, onde fui trazido para ser julgado furtivamente, para que não seja ouvido, que minha voz saia e ninguém saiba o que vou dizer».
 
Muito já tinha dito no amplo salão plenário do palácio. Tanto que o regime ordenou que o Tribunal o separasse de seus companheiros e terminasse o julgamento dele, na sala de estudo das enfermeiras do Hospital Civil.
 
Foi em 16 de outubro de 1953, quando Fidel proclamou enfaticamente o que estava escrito no programa do Moncada: a propriedade inatacável e intransferível da terra a todos os colonos e rendeiros, inquilinos, meeiros e precaristas ocupando parcelas de 60 ou mais hectares de terra, indenizando o Estado a seus proprietários anteriores... entre as leis que proclamavam o programa do Moncada, divulgado por ele na alegação histórica, também ordenou o confisco de todos os bens de todos os fraudadores de todos os governos e seus sucessores e herdeiros... também declarou que «a política cubana na América estaria em estreita solidariedade com os povos democráticos do continente...".
 
A educação e a saúde do povo cubano os colocou como um problema imediato a ser resolvido, bem como o desenvolvimento da industrialização e, principalmente, «que o turismo poderia ser uma enorme fonte de riqueza». Para isso, ele acrescentou a necessidade de resolver o problema da habitação. A revolução, desde seu triunfo em 1º de janeiro, seria, de longe, levantada no programa que Fidel enunciou naquele julgamento.
 
Todos os crimes foram denunciados e os depoimentos foram deduzidos para julgamento.
 
A alegação extraordinária de Fidel viu a luz do público em um folheto, em 1954, depois que ele a reconstruiu na prisão de Isla de Pinos.
 
Com A História me Absolverá Fidel obteve vários doutorados honorários em universidades da América Latina e Europa. É um documento que não envelhece entre os povos do mundo que ainda não alcançaram os objetivos fundamentais de liberdade e desenvolvimento.