Para Kofi Annan, nosso reconhecimento infinito
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A notícia abalou muitos e em Cuba, como em grande parte do mundo, foi mencionado e homenageado de várias maneiras, neste fim de semana. Kofi Annan morreu aos 80 anos de idade, deixando um legado, uma vida dada às boas causas da humanidade, mas acima de tudo, em defesa da igualdade, compreensão e paz entre os homens e mulheres deste mundo.
O presidente cubano, Miguel Díaz Canel Bermúdez, lamentou sua morte, considerando-o um «filho proeminente da África e um promotor ativo do multilateralismo».
KOFI ANNAN E CUBA
O Prêmio Nobel da Paz esteve unido a Cuba não apenas por causas, preocupações e idéias comuns, mas por fortes laços de fraternização e respeito pelos principais líderes de nosso país e pelo próprio povo cubano.
Com o histórico líder da Revolução Cubana, reuniu-se e conversou em diversas ocasiões durante suas visitas à sede da Organização das Nações Unidas (ONU) e em setembro de 2006, quando da realização em Havana da 14ª Cúpula dos Países Não-Alinhados, Annan visitou Fidel e tiveram uma reunião fraterna na qual discutiram a importância deste evento e questões de interesse global, como a situação no Oriente Médio e no continente africano.
Em seguida, o presidente cubano entregou-lhe uma cópia autografada da segunda edição de Cem horas com Fidel e uma brochura com a versão em inglês do capítulo 24º desse livro. Em uma das dedicatórias, Fidel expressou: «A Kofi Annan, nosso infinito reconhecimento».
Em fevereiro de 2015, Kofi Annan retornou a Cuba para participar da assinatura dos Acordos de Paz da Colômbia e foi recebido pelo general-de-exército Raul Castro. Foi um encontro emocionante em que o representante da ONU expressou seu reconhecimento e gratidão ao governo e ao povo da Ilha, por seu papel de fiadores dos diálogos desenvolvidos durante meses em Havana.
Kofi Annan também esteve unido a Cuba e à sua Revolução pelo interesse comum em questões como a igualdade das mulheres e seu papel relevante na sociedade, o protagonismo dos jovens, o desenvolvimento e a importância da educação e da cultura, a busca de soluções para as doenças curáveis e outras, como o HIV/Aids, e as constantes advertências sobre o cuidado com o meio ambiente como garantias para o futuro nesta grande casa de todos que é a Terra.
QUEM FOI KOFI ANNAN PARA O MUNDO?
Ele foi o sétimo secretário-geral das Nações Unidas. Começou seu primeiro mandato em 1º de janeiro de 1997, sendo prorrogado por recomendação do Conselho de Segurança, por um segundo, a partir de 1º de janeiro de 2002 a 31 de dezembro de 2006.
«Aproximar as Nações Unidas das pessoas» estava no centro de suas prioridades, através da renovação da organização por meio de uma ampla agenda de reformas e do fortalecimento de seu trabalho tradicional nas áreas de desenvolvimento, manutenção da paz e manutenção da paz, segurança internacional; o fomento e a promoção dos direitos humanos, o direito universal e os valores de igualdade, tolerância e dignidade humana consagrados na Carta das Nações Unidas e a restauração da confiança pública na Organização, buscando novos parceiros.
Liderou importantes missões humanitárias, negociações de paz, intercâmbios e apresentou projetos de acordos ou resoluções para resolver conflitos em regiões como o Iraque, Bosnia e Herzegovina, Líbia, Palestina e o continente africano, entre outros.
Em 10 de dezembro de 2001, ele e a ONU receberam o Prêmio Nobel da Paz.
Dedicou vários livros a explicar o trabalho desta organização, alguns deles de uma maneira especial para crianças.