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Nós os cubanos temos o país, ou preferimos a morte

Data: 

05/03/2020

Fonte: 

Periódico Granam

Autor: 

Reconhecer-se como o principal arquiteto de seu destino, como o principal agente de mudanças em seu próprio benefício, como um mecanismo essencial para a Revolução, é a principal força dos povos.
 
Nosso povo bem sabe disso, porque cada centímetro do manto de liberdade que nos protege, todo centímetro de terra em que vive o ser humano digno, todo trabalho colossal que se ergue nesta Ilha, ostenta a marca imperecível de sangue, suor e o sacrifício deste povo corajoso, cuja entrega emana constantemente e em abundância de seus princípios inalienáveis.
 
Toda essa plenitude histórica, todo o patriotismo esculpido geração após geração, herdado em genes e consciência, a radicalização completa de nossa postura revolucionária, encontrou singularidade em uma frase magistralmente pronunciada para fortalecer nossa linhagem, após um ato denegrente e condenável que procurava nos afundar no medo e na ansiedade.
 
Desde aquela dolorosa marcha, até hoje, essas palavras abalam todos os átomos de nosso próprio amor, do orgulho de ser cubanos, porque nos lembram nossa capacidade sem precedentes de vencer, o que tem sido um enigma indecifrável para nossos inimigos.
 
A frase Pátria ou Morte!, nasceu do discurso vibrante do homem infinito, o líder natural que vive com o tempo, o maior dos filhos de José Martí. Mas nós tornamos nossas suas palavras e as transformamos em um toque de clarim para chamar à luta, em inspiração para escalar os desafios íngremes da história, no supremo manifesto de nossos ideais e doutrinas.
 
Como a sua, também ouvimos com paixão essas palavras na voz do irmão que é e sempre será um soldado fiel do país, um eterno militante de amor por Cuba, um feroz defensor da justiça. Ele as entregou como legado a outro gigante insone, filho de um tempo de continuidade, que, ao dizê-las, nos leva a fortalecer as raízes para resistir a tempestades severas, a nos abraçar no sonho de fazer um país melhor todos os dias.
 
Porque Pátria ou Morte! é uma escolha inalienável, um caminho no qual não contemplamos nem a menor possibilidade de retrocesso. É a certeza que assumimos com a cabeça erguida e com otimismo e esperança à superfície.
 
Aqueles que insistem em bloquear até o ar, em deixar-nos os caminhos truncados; aqueles que ficam obcecados em restringir nosso espaço de vida, em nos cercar entre paredes de ódio, não entendem que nosso slogan é tão forte e firme quanto a fibra de que somos feitos.
 
O que entendemos por Pátria não tem relação com crianças desaparecidas, com terrorismo de Estado, com terras hipotecadas a um senhor estrangeiro, com crianças com rostos lânguidos, com poderosos zombando dos direitos daqueles que os levaram ao poder, com balas que derramam lágrimas de sangue.
 
Pátria para nós é o mais sagrado dos conceitos e se traduz em paz, em ser digno de quem somos, na garantia de ser tratado e tratar os outros como seres humanos. Essa verdade em que acreditamos é o que nos dá a vontade necessária para enfrentar obstáculos, pensar em todo o país e nos dá a liberdade de sonhar, porque sabemos que há um futuro.
 
Se esse conceito está ameaçado, se algo o coloca em risco, saiba que antes que nossa bandeira se desfaça em pedaços pequenos, eles já terão lutado por isso com os mártires. Em relação a essa posição, ninguém espera prazos médios. Para os cubanos, existem coisas que não são negociáveis: ou temos o país ou preferimos a morte.