Reflexões

O governo mundial (Primeira parte)

Na recente Reflexão de há dois dias, em 15 de agosto, ao comentar um artigo do jornalista cubano Randy Alonso, que dirige o Programa “Mesa-Redonda” da televisão nacional, escrevi a respeito de uma reunião realizada no hotel Dolce de Barcelona sobre o que ele chama Governo Mundial. “Articulistas honestos acompanhavam mesmo do que ele as notícias que conseguiram filtrar-se do estranho encontro. Alguém muito mais informado do que eles seguia o rastro desses eventos há muitos.”        

Fazia referência ao escritor Daniel Estulin; 475 páginas de 20 linhas estavam a minha espera para fazer uma revisão da fantástica história narrada pelo mencionado autor, se algum dos participantes dessa reunião fosse capaz de negar sua presença ali, ou sua participação no que é narrado no livro.

O mais apropriado nesta Reflexão, que dividirei em duas partes para que não resulte em extensa demais, é incluir um número de parágrafos selecionados por mim para dar uma idéia do fabuloso livro intitulado: “Os segredos do Clube Bilderberg”. Neste livro Estulin deixa em pedacinhos os grandes gurus:

Henry Kissinger, George Osborne, os diretivos de Goldman Sachs, Robert Zoellic, Dominique Strauss-Kahn, Pascal Lamy, Jean Claude Trichet, Ana Patricia Botín, os presidentes da Coca Cola, France Telecom, Telefônica de Espanha, Suez, Siemens, Shell, British Petroleum, e outros similares políticos e magnatas das finanças.

Estulin começa pelas raízes:           

“‘Durante dois domingos seguidos, algo sem precedentes, no programa de Ed Sullivan – conta-nos Donald Phau en The Satanic Roots of Rock –, mais de setenta e cinco milhões de norte-americanos viram como os Beatles agitaban a cabeça e moviam o esqueleto em ritual que em breve seria copiado por centenas de futuros grupos de rock’.”

“O homem encarregado de que os estadunidenses ‘gostassem’ dos Beatles foi o próprio Walter Lippmann. Os Beatles, o grupo do qual têm sido feitas mais paródias e versões das suas canções na história da música, foram colocados perante o público norte-americano para que fossem descobertos.”

“Entra Theo Adorno”, intitula-se um dos epígrafes iniciais.

“A responsabilidade de elaborar uma teoria social do rock and roll coube ao sociólogo, musicólogo e compositor alemão Theodor Adorno, ‘um dos principais filósofos da Escola de Frankfurt de Investigação Social…’ Adorno foi enviado aos Estados Unidos em 1939 para dirigir o Projeto de Investigação da Rádio de Princetown, um esforço conjunto do Tavistock e da Escola de Frankfurt com o objetivo de controlar as massas, financiado pela Fundação Rockefeller e fundado por um dos homens de confiança de David Rockefeller, Hadley Cantril…”

“De fato, os nazistas tinham utilizado intensamente a propaganda radiofônica como instrumento de lavagem de cerebro e tornaram-na um elemento integral do Estado fascista. Este fato foi observado e estudado pelas redes do Tavistock e usado de maneira ampla em suas próprias experiências. O objetivo deste projeto, como é explicado em Introdução à sociologia da música do próprio Adorno, era «programar uma cultura ‘musical’ de massas como una forma de controle social em massa…”

“‘As cadeias de rádio converteram-se em máquinas que reciclavam durante vinte e quatro horas durante o dia os quarenta maiores êxitos’.”

“Os Beatles chegaram aos Estados Unidos em fevereiro de 1964, quando o movimento a favor dos direitos civis estava em seu apogeu. O país encontrava-se num profundo trauma nacional e recuperava-se do brutal assassinato do presidente John F. Kennedy […] nas ruas da capital o movimento pelos direitos civis, dirigido pelo doutor Martin Luther King, convocava a uma manifestação da qual participaram mais de meio milhão de pessoas.”

“Entre 1964 e 1966, a chamada invasão britânica foi a eclosão de uma série de cantantes e grupos de rock da Grã Bretanha que ganharam popularidade nos Estados Unidos e cercaram a cultura norte-americana. […] no final de 1964 ficou demonstrado que esta ‘invasão inglesa’ foi bem planejada e coordenada.

“‘Estes grupos recém-criados e seu estilo de vida […] converteram-se em um novo 'tipo' (gíria do Tavistock) muito visível’, e não transcorreu muito tempo antes que novos estilos (modas na roupa, penteado e uso da linguagem) arrastaram milhões de jovens norte-americanos ao novo culto. A juventude dos Estados Unidos sofreu uma revolução radical sem sequer ser ciente disso […] reagindo de forma equivocada contra as manifestações dessa crise, que eram as drogas de todo tipo, primeiro a maconha e depois o ácido lisérgico (LSD), uma poderosa droga que alterava o estado de consciência. ’ […] no quartel-general do MI6 em Londres e na base da CIA em Langley, Virginia, se pode dar por certo que a Inteligência britânica e sua filial, o Escritório de Serviços Estratégicos norte-americano, estiveram diretamente envolvidos em uma investigação secreta para controlar a conduta humana. Allen Dulles, diretor da CIA na altura em que a agência começou, MK-Ultra, era o chefe da OSS em Berna, Suíça, durante a primeira época da investigação de Sandoz.”

“…nos Estados Unidos e na Europa,  utilizaram-se os grandes concertos de rock ao ar livre para frear o crescente descontentamento da população.”

“A ofensiva empreendida por Bilderberg-Tavistock levou toda uma geração ao caminho de tijolos amarelos do LSD e da maconha…”

“Entra Aldous Huxley”

“O sumo sacerdote da guerra do ópio inglesa foi Aldous Huxley, neto de Thomas H. Huxley, fundador do grupo da Mesa-Redonda de Rodas, e também famoso e eloqüente biólogo que ajudou Charles Darwin a desenvolver a teoria da evolução.”

“Toynbee, educado em Oxford […] trabalhou como delegado britânico na Conferência de Paz de Paris, em 1919’…”

“‘Seu tutor em Oxford foi H. G. Wells, diretor da Inteligência britânica durante a Primeira Guerra Mundial e pai espiritual da Conspiração de Aquário. Aldous Huxley foi um dos iniciados dos Filhos do Sol, culto dionisíaco do qual participavam os filhos da elite da Mesa-Redonda britânica.’ Seu romance mais famoso, Um mundo feliz, é um rascunho (encarregado por vários conselhos mundiais) para um autêntico mundo socialista futuro sob um governo único ou, como seu mentor fabiano, H. G. Wells, disse e usou como título de um de seus populares romances, um rascunho para El Nuevo Orden Mundial…”

“Em Um mundo feliz, Huxley concentrou-se no método científico para manter todas as populações fora da elite minoritária em um estado quase permanente de submissão e apaixonadas pelas suas cadeias. As principais ferramentas para consegui-lo foram as vacinas que alteravam as funções do cérebro e remédios que o Estado obrigava a população a consumir. Wells opinava que isto não era uma conspiração, mas sim ‘um cérebro mundial trabalhando como policial da mente’.”

“Em 1937, Huxley se trasladou para Califórnia, onde trabalhou como roteirista para MGM, Warner Brothers e Walt Disney por intermédio de um de seus contatos em Los Ángeles: Jacob Zeitlin.” […] ‘Bugsy Siegel, o chefe da organização Lansky da máfia na Costa Oeste, mantinha estreitos vínculos com Warner Brothers e MGM’.”

“De fato, a indústria do espetáculo ― produção, distribuição, marketing e publicidade ― está sob controle de uma máfia que surge da união do crime organizado e caloteiros de alto nível de Wall Street, que em última instância estão controlados pelo todo-poderoso Bilderberg. A indústria do espetáculo está desenhada igual do que qualquer outra ‘linha de negócio’ do Bilderberg e seus sequazes.”

“O trabalho de Huxley

“Em 1954, Huxley publicou um influenciador estudo da expansão da consciência por meio da mescalina intitulado As portas da percepção (1954), o primeiro manifesto da cultura das drogas psicodélicas.”

“Em 1958 reuniu uma série de ensaios que tinha escrito para Newsda e os publicou sob o título Nova visita a um mundo feliz, nos quais descrevia uma sociedade onde ‘o primeiro objetivo dos governantes é evitar, custe o que custar, que seus governados criem problemas’.”

“Predisse que as democracias mudariam sua essência: as velhas e estranhas tradições — eleições, parlamentos, supremos tribunais —  permanecerão, porém o substrato que terá deixado será o totalitarismo não violento. […] Enquanto isso, a oligarquia dirigente e sua bem treinada elite de soldados, policiais, fabricantes de pensamento e manipuladores de mente dirigirão tranqüilamente o mundo a vontade. Com certeza, esta descrição de Huxley se ajusta perfeitamente à situação atual.”

“Em setembro de 1960 Huxley foi nomeado professor convidado do Centennial Carnegie no Massachusetts Institute of Technology (MIT) de Boston. Ali permaneceu apenas um semestre, depois foi dispensado. ‘Enquanto estava nessa cidade, Huxley criou um círculo em Harvard…’.”

“O tema público desse círculo ou seminário de Harvard foi a religião e seu significado no mundo moderno. […] Michael Minnicino, em um artigo publicado na revista The Campaigner, em abril de 1974 […] afirma: ‘Durante seu período em Harvard Huxley entrou em contacto com o presidente de Sandoz, que pela sua vez trabalhava em uma encomenda da CIA para produzir grandes quantidades de LSD e psilocibina (mais outra droga sintética alucinógena) para MK-Ultra, o experimento oficial da CIA na guerra química’, um experimento que usou humanos como cobaias para seus freqüentes experimentos letais que, na maioria dos casos, implicava o uso de LSD. […] Além disso, a Universidad McGill, em Montreal, Canadá, instituição de ensino superior vinculada ao Bilderberg, também realizou experimentos na década de 1960 dentro do programa MK-Ultra sob o patrocínio de um fascista degenerado do Tavistock, John Rees, utilizando como sujeitos crianças de orfanatos locais, aos quais torturavam e depois administravam diversas doses de LSD. […] Segundo documentos recentemente divulgados pela CIA (graças a Lei de Liberdade de Informação), Allen Dulles (nesse tempo diretor da CIA) comprou mais de cem milhões de doses de LSD, ‘muitas delas acabaram nas ruas dos Estados Unidos no final da década de 1960’, segundo afirma Minnicino no artigo citado anteriormente.”

“‘…Milhares de estudantes universitários serviram de cobaias. Eles [os estudantes] começaram logo sinteitzar seus próprios 'ácidos'’.”

“‘…a imensa maioria daqueles que se manifestavam contra a guerra foram a Studentes for a Democratic Society por causa da sensação de ultraje provocado pela situação no Vietnã. Porém após serem atingidos pela atmosfera criada pelos especialistas em guerra psicológica do Instituto Tavistock, e inundados com a mensagem de que o hedonismo e a defesa do país era uma alternativa legítima à guerra 'imoral', sua escala de valores e seu potencial criativo desvaneceram-se em uma nuvem de fumaça de haxixe’, escreve o autor na monografia citada anteriormente.”

“Criando a contracultura”

“A ‘guerra’ cultural aberta, embora não declarada, contra a juventude norte-americana começou em verdade em 1967, quando o Bilderberg, para conseguir seus objetivos, começou a organizar concertos ao ar livre. Mediante esta arma secreta, conseguiram atrair mais de quatro milhões de jovens aos chamados ‘festivais’. Sem sabê-lo, os jovens viraram vítimas de um experimento perfeitamente planejado a grande escala com drogas. As drogas alucinógenas […] cujo consumo era propugnado pelos Beatles […] eram distribuídos nesses concertos. Não transcorreu muito tempo antes que mais de cinqüenta milhões dos participantes (nessa altura com idades que oscilavam entre os 10 e os 25 anos) regressaram a casa convertidos em mensageiros e promotores da nova cultura das drogas ou daquilo que foi finalmente conhecida como a ‘New Age’.”

“O maior concerto de todos os tempos, o ‘Woodstock Music and Art Fair’ ao ar livre, foi qualificado pela revista Time como um ‘Festival de Aquário’ e como ‘o maior espetáculo da historia’. Woodstock passou a fazer parte do léxico cultural de toda uma geração.”

“‘Em Woodstock ― escreve o jornalista Donald Phau―, quase meio milhão de jovens se reuniram em uma fazenda para serem drogados e lavados seus cérebros. As vítimas estavam isoladas, rodeadas de imundícia, até o tope de drogas psicodélicas e conseguiram mantê-las despertas durante três dias consecutivos, tudo com a total cumplicidade do FBI e de altos cargos do governo. A segurança do concerto foi oferecida por uma comuna hippie treinada na distribuição em massa do LSD. Novamente seriam as redes de Inteligência militar britânica as que começariam tudo’, com a ajuda da CIA através de seu ex-diretor William Casey e de seus encontros com Sefton Delmer do MI6, cujo contato Bruce Lockhardt foi o controlador do MI6 de Lenin y Trotsky durante a revolução bolchevique.”

“Teria de passar ainda outra década antes que a contracultura se integrasse no léxico norte-americano. Porém as sementes do que era um projeto titânico e secreto para lhe dar a volta aos valores dos Estados Unidos foram semeadas então. Sexo, drogas e rock and roll, grandes manifestações em toda a nação, hippies, toxicômanos que abandonavam os estudos, a presidência de Nixon e a guerra do Vietnã desgarravam a própria fibra da sociedade norte-americana. O velho e o novo chocavam de frente e ninguém estava ciente de que esse conflito fazia parte de um plano social secreto, desenhado por algumas das pessoas mais brilhantes e diabólicas domundo…”

“A Conspiração Aquário

“‘Na primavera de 1980 — escreve Lyndon LaRouche em DOPE INC.—ganhou fama o livro intitulado The Aquarian Conspiracy (foi vendido mais de um milhao de ejemplares e foi traduzido a dez línguas), tornando-se da noite para o dia em um manifesto da contracultura.’ […] The Aquarian Conspiracy afirmava que tinha chegado a hora da união dos quinze milhões de estadunidenses que participaram da contracultura para provocarem uma mudança radical nos Estados Unidos. De fato, este livro foi a primeira publicação orientada ao grande público que apostava pelo conceito de trabalho em equipe, um conceito considerado o mais virtuoso e impulsionado rapidamente pelos «gurus» do management.”

“A autora Marilyn Ferguson afirma: ‘Enquanto rascunhava um livro ainda sem título sobre as novas alternativas sociais emergentes, pensei sobre a particular forma deste movimento, sobre seu atípica liderança, sobre a paciente intensidade de seus seguidores, sobre seus improváveis sucessos…’.”

“Numa conferência de 1961, Aldous Huxley descreveu este estado policial como ‘a revolução final’: uma ‘ditadura sem lágrimas’ na qual a gente ‘ama suas cadeias’.”

“Zbigniew Brzezinski, assessor de Segurança Nacional do presidente Carter, fundador do Comitê Trilateral e membro de Bilderberg e do CFR, expressa idênticas idéias em sua apaixonante obra Between Two Ages: America’s Role in the Technotronic Era, escrita sob os auspícios do Instituto de Investigação sobre o Comunismo da Universidade de Columbia e publicado por Viking Press em 1970.

“Sem fazer uso da repressão violenta, desenharam um complexo conjunto de ações para conseguir um ‘cidadão pacífico’ para a Nova Ordem Mundial. […] Também apoiaram novos conceitos como ‘Inteligência Emocional’, que é a capacidade de a gente se querer a si própria e de se relacionar com os outros. […] Uma terceira via para converter este ‘cidadão industrial' em ‘cidadão pacífico’ é uma grande campanha de marketing para divulgar o imenso reconhecimento social aos colaboradores das ONG, como expliquei em meu primeiro livro A verdadeira história do Clube Bilderberg.”

Segundo Harmon:

“‘Uma vez embrandecidos, [os Estados Unidos] já estavam maduros para a introdução de drogas (especialmente a cocaína, o crack e a heroína) e o início de uma época que ia rivalizar com a proibição e com as enormes somas de dinheiro que começariam a se juntar’.”

“Vale a pena mencionar que extensos fragmentos das três mil páginas de ‘recomendações’ dadas ao recém-eleito Ronald Reagan em janeiro de 1981 pelo CFR têm como base o material tirado do relatório ‘As imagens cambiantes do homem’, de Willis Harmon.

“Com lua cheia, no dia 8 de dezembro de 1980, John Lennon foi assassinado por Mark Chapman. É pouco provável que num dia qualquer saibamos se Mark Chapman foi vítima de uma psicose modelo induzida artificialmente, um assassino ao estilo do ‘candidato manchú’ enviado pelo Tavistock, pela CIA e pelo MI6 para silenciar o Lennon que demonstrava ser cada vez mais difícil de controlar.”

“CAPÍTULO 2

“A perfeita máquina de lavagem cerebral: a MTV”

“Entra MTV, a televisão da música

“A MTV, um canal de mercado para música popular de rock e vídeos musicais, inventada e dirigida por Robert Pittman para o público adolescente e jovem, foi fundada em 1 de agosto de 1981. Hoje faz parte do império Viacom (conhecido como CBS Corporation, cujo presidente e diretor geral, Sumner Redstone, é membro pleno do CFR e cujo grupo mediático faz parte do Clube Bilderberg). Para chegar aos jovens sem que a sociedade percebesse o engano, foi necessário ‘criar uma contra-instituição  que predicasse valores contrários aos valores dominantes na sociedade’. Isso é precisamente o que faz a MTV. ‘Pero para que esse esforço tenha êxito — dice L. Wolfe —, deve ser neutralizada a influência positiva dos pais e da escola ou, pelo menos, debilitar sua influenza.’”

“‘O modelo para isso [a MTV] foram os espetáculos teatrais oferecidos pelo pré-nazista Richard Wagner, nos quais levava ao público uma espécie de êxtase que depois foi usado conscientemente pelos nazistas ao criarem suas próprias celebrações simbólicas, como as reuniões em Nuremberg.’ Os especialistas da lavagem de cérebros que criaram a MTV estão conscientes de seu efeito. Num livro sobre a cadeia, Rocking Around the Clock, E. Ann Kaplan afirma que a MTV ‘hipnotiza mais do que qualquer outra [televisão] porque consiste numa série de textos curtos que nos mantêm num estado constante de emoção e expectação... Ficamos presos à constante esperança de que o vídeo seguinte nos satisfará finalmente. Seduzidos  pela promessa da plenitude imediata continuamos a consumir infinitamente esses textos curtos’.”

“Durante os quatro minutos que dura aproximadamente um vídeo musical (os cientistas do Tavistock determinaram que quatro minutos era o  tempo máximo que um sujeito involuntário era susceptível de receber as mensagens dos próprios programas), ‘uma realidade artificial na forma de 'contrapontos' se insere na consciência, substituindo a realidade cognitiva…’.”

“‘Se a gente pensasse neste processo ― escreve Walter Lippmann ―, ele poderia acabar, mas conclui, ‘a massa de iletrados, de deficientes mentais, de profundamente neuróticos, desnutridos e frustrados indivíduos é tão considerável, que existem motivos para crer mais más do que geralmente cremos. Desta maneira, [o processo] está ao alcance de pessoas que mentalmente são crianças ou bárbaros e cujas vidas são um problema total, elegem conteúdos simples com grande atrativo popular’. […] Em Crystallizing Public Opinion, Edward Bernays afirmou que «o cidadão médio é o censor mais eficaz do mundo. Sua própria mente é a maior barreira que o separa dos fatos.”

“O espectador que sofre a lavagem de cérebro apenas tem a ilusão de que conserva a capacidade de eleger, de igual maneira um toxicômano crê que controla sua dependência em vez de que é controlado por ela. ‘A MTV ― diz Ann Kaplan ― está desenhada graças a um conhecimento cada vez maior dos métodos de manipulação psicológica.’ […] A média de consumo televisivo diário aumentou constantemente desde a aparição da televisão, de modo que, em meados da década de 1970, era a atividade com maior tempo dedicado depois do sono e do trabalho, com quase seis horas diárias. Desde então, com a aparição do aparelho de vídeo, das vídeo consoles, aumentaram ainda mais. As crianças com idade escolar passavam quase tanto tempo assistindo a televisão quanto a dormindo.”

“‘Na terminologia de lavagem de cérebro freudiano ― expressa Emery ― o espectador de um vídeo musical encontra-se num estado induzido muito similar ao sono. Ajuda-o, ou o induz a entrar nesse estado, a aparição repetitiva de cores e imagens brilhantes que abrumam a vista, ao mesmo tempo que o ritmo pulsátil e vibrante do rock, tem um efeito similar no ouvido.’ Não só estamos numa época de televisão, mas também numa época condicionada pela televisão— e é uma época  de intranqüilidade, de descontentamento, de frustração, dirigida a nenhuma parte ou a muitas partes à mesma vez —, como é lógico num entorno onde [a televisão] é onipresente.”

“As sinistras camarilhas e os manhosos do cabido de Bilderberg, as esferas clandestinas de influência e manipulação consciente e inteligente dos hábitos organizados é a expressão mais recente de uma campanha de manipulação mais profunda para instituir um governo mundial sem limites, que não responda perante ninguém mais do que perante de si próprio.”

“…os principais êxitos vendidos a vontade a uma população desmoralizada  a favor do fundamentalismo fanático de um grupo de homens que não responde perante ninguém e que procuram o poder absoluto ao preço da dignidade do homem moderno, caluniado, humilhado e desprezado pelos    poderes combinados do aparelho de manipulação e a lavagem de cérebro de Bilderberg-CFR-Tavistock com sua equipe de cientistas, psicólogos, sociólogos e cientistas da nova ciência (New Age, misticismo, etcétera), antropólogos e fascistas decididos a recriarem um novo Império romano.

“Primeiro começaram Edward Berneys e Walter Lippmann. Depois, Gallup e Yankelovich. Mais tarde, Rees e Adorno, Aldous Huxley e H. G. Wells, Emery e Trist, seguidos pela cultura das drogas e a Conspiração de Aquário, um suposto ideal ‘humanista’ a favor da velha cultura, salpicado com pitada de liberdade humana em vez do que realmente é: uma inteligente maneira de degradar as pessoas até as converter em simples animais de fazenda, negando-lhes a originalidade da consciência humana que são compreendidas ao instante em todas as partes sem necessidade de tradução.”

“A Nova Idade será uma nova Idade Escura. Significará a morte prematura de pouco mais da metade da população e o esquecimento intencionado dos maiores resultados da humanidade. Ésta é a ideologia totalitária que é propugnada pela Nova Ordem Mundial, decidida a governar o mundo embora seja por cima de nossos cadáveres. […] Por que vale a pena defender nossa civilização? ¿Por que é um regime baseado na liberdade melhor do que as tiranias que hoje oprimem parte do planeta? Para alguns, as respostas a estas perguntas são evidentes, mas para muitos não.”

“CAPÍTULO 3

“Cómo e por que o Bilderberg organizou a guerra em Kosovo

“Nesta ocasião era a vez dos Balcãs. O ‘plano mestre’ foi elaborado em 1996, na reunião realizada pelos membros do Clube Bilderberg en King City, um pequeno encrave de luxo localizado a 20 quilômetros da cidade canadense de Toronto. […] as guerras dos membros do Bilderberg em Kosovo e nos Balcãs tiveram um motivo concreto: drogas, petróleo, riqueza mineral e o avanço da causa do ‘governo global’.”

“Os Estados Unidos e a Alemanha iniciaram o apoio às forças  secessionistas na Iugoslávia após a queda do comunismo na antiga União Soviética, quando a Federação Iugoslava rejeitou sua incorporação à órbita ocidental. John Pilger, um laureado jornalista australiano que se dedica a investigar os conflitos bélicos, escreveu em The New Statesman: ‘Milosevic era um burro; também era um banqueiro que uma vez foi considerado um aliado de Ocidente preparado para pôr em prática 'reformas econômicas' em conformidade com as exigências do FMI, do Banco Mundial e da União Européia; para desgraça dele, negou-se a ceder soberania. O Império não esperava menos.’ Segundo o artigo de Neil Clark, um jornalista que se especializa em assuntos do Oriente Médio e dos Balcãs, ‘naquele momento, mais de 700.000 empresas iugoslavas permaneciam sob propriedade social e a maioria ainda era controlada por comitês mistos de diretivos e trabalhadores, com apenas 5% de capital em mãos privadas’.”

“Sara Flounders, uma ativista e jornalista afim ao Partido Mundial dos Trabalhadores, movimento pacifista internacional, escreveu num artigo: ‘…as condições de crédito do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial precisam da desintegração de todas as industrias públicas. Esse é o caso do petróleo e do gás natural no Caucaso e no mar Cáspio, bem como das minas de diamantes de Sibéria. Aquele que possua ou tenha um interesse dominante [...] será quem queira que ganhe a luta armada que se desenvolve em Kosovo. A dominação da OTAN sobre o terreno porá as empresas estadunidenses na melhor posição no que respeita à propriedade desses recursos’.”

“No início, os membros do Bilderberg,  pretendiam ‘inflamar’ os servos perseguindo os criminosos de guerra que eles albergavam, levando-os a julgamento perante um novo Tribunal Internacional. Os servos, orgulhosos e experientes, esquivaram esta provocação persuadindo os suspeitos de nível mais baixo na ordem hieráquica a que se entregassem voluntariamente. Contudo, isso não era suficiente. Para enfurecer os servos, o Tribunal de Haia, controlado pelos Estados Unidos, recorreu aos seqüestros ilegais para instar à guerra.”

“Isto também explicaria por que Richard Holbrooke, embaixador estadunidense perante as Nações Unidas entre 1999 e 2001, membro do Bilderberg e do CFR e seis vezes candidato ao Prêmio Nobel da Paz, insertou uma cláusula sobre Kosovo no acordo final. ¿Que tem a ver Kosovo com Bósnia? Nada. Mas a idéia de Holbrooke era converter Bósnia num ensaio da futura expansão do Bilderberg nos Balcãs.”

“Na procura de uma escusa: William Walker entra na cena”

“…segundo explica John Laughland em seu artigo ‘A técnica de um golpe de Estado’, era William Walker, membro do CFR e ‘ex-embaixador em El Salvador, cujo governo, apoiado pelos Estados Unidos, estabeleceu esquadrões da morte’. Em 1985, Walker era ajudante do subsecretário de Estado para América Central e um operador chave nas tentativas da Casa Branca de Reagan para derrocar o governo nicaraguano. O tenente-coronel Oliver North, designado ao pessoal do Conselho Nacional de Segurança no início de 1981 e despedido em 25 de novembro de 1986, era o funcionário da Administração Reagan com maior implicação na ajuda secreta aos contras graças aos benefícios da venda de armas ao Irão.”

“Segundo o dossiê judicial, Walker foi responsável pelo estabelecimento de uma falsa operação humanitária numa base aérea em Ilopango, El Salvador, que era usada em secreto para proporcionar armas, cocaína, munições e provisões aos mercenários contras que atacavam Nicarágua.”

“Walker, que tinha entregado armas aos contras na Nicarágua e agora se tinha transformado em observador de paz, e declarou a todas vozes perante a imprensa mundial, que a policia da Sérbia era a culpável ‘da mais horrenda’ matança que ele tinha visto. Os sérbios, que nessa altura tinham evitado habilmente as provocações da OTAN e do Bilderberg, caíram. O suposto  ‘masacre’ provocou um pretexto para a intervenção. Em 30 de janeiro, o Conselho  da OTAN autorizou o bombardeamento. E o Bilderberg ordenou a seu secretário geral, Javier Solana, que ‘usasse a força armada para obrigar os delegados sérbios e de etnia albanesa nas negociações de 'paz' na França a falar de um contexto para a 'autonomia' de Kosovo’.”

“Um artigo do dia 4 de agosto de The Washington Post citava  ‘um alto funcionário do Departamento de Defesa estadunidense que indicou apenas uma coisa que poderia provocar uma mudança de política: 'Acho que atingindo certos níveis de atrocidade intoleráveis, provavelmente isso seria um detonante'’.”

“Como referência histórica útil, lembremos que os sérbios foram vítimas do pior ato de limpeza étnica, como os 200.000 ou mais sérbios os quais foram eliminados da região de Krajina em Croácia durante a ‘Operação Tormenta’ apoiada pelos Estados Unidos em 1995 ou o 100.000 ou mais sérbios que foram eliminados de Kosovo pelo ELK ao finalizar o bombardeio da NATO. Não faz falta dizer que o Tribunal da Haia, o mecanismo de justiça da Nova Ordem Mundial, não tem feito nada para levar os autores dessa atrocidade perante a justiça.”

“‘Deviam sabê-lo, porque de outro modo, que instigaria à Coroa a manter um exército nessa região onde não havia nada de valor exceto um lucrativo comércio de ópio? Custava muito caro manter homens armados num país tão longínquo. Sua majestade deveu perguntar por que essas unidades militares estavam ali’, pergunta-se o doutor John Coleman em Conspirator’s Hierarchy: The Story of the Committee of 300.”

Sob o epígrafe:

“História da implicação dos Estados Unidos no tráfico de narcóticos.

“Contrário ao que os livros de história nos contaram durante anos, o nefasto narcotráfico não é território exclusivo do estamento criminoso, a não ser que por estamento criminoso entendamos algumas das famílias mais importantes da história dos estados Unidos, conhecidas como o establishment liberal do Leste, cujos membros dirigem esse país desde a oligarquia através de um sistema de governo paralelo conhecido como Clube Bilderberg...”

“Kosovo e a heroína

“Dois jornalistas, Roger Boger e Eske Wright, num artigo publicado em 24 de março de 1999 no jornal The Times de Londres afirmam que ‘Albania — que joga um papel fundamental no transvase de dinheiro aos kosovares — está no epicentro do tráfico de drogas da Europa...”

“Albania tornou-se a capital do crime da Europa. Os grupos mais poderosos do país são criminosos organizados que usam Albânia para cultivar, processar e armazenar uma grande percentagem das drogas ilegais destinadas a Europa Ocidental...”

Continua amanhã



Fidel Castro Ruz
7 de Agosto  2010
18h20

Data: 

17/08/2010