O Bureau Político Nacional da Frente Ampla do Uruguai pediu o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra Cuba.
 
Oito partidos membros do órgão de governo da coalizão de esquerda concordaram unanimemente em condenar uma política que data oficialmente de 3 de fevereiro de 1962, quando o presidente John Kennedy ordenou esta medida unilateral.
 
Lembraram que isso é contrário aos princípios de igualdade soberana dos Estados, não-intervenção e não-interferência em seus assuntos internos consagrados na Carta das Nações Unidas e às normas de liberdade de comércio e navegação estabelecidas em numerosos instrumentos jurídicos internacionais.
 
A este respeito, enfatizaram que existe uma densa teia de leis, ordens executivas e outras diretrizes adotadas por sucessivos governos dos EUA para fortalecer ainda mais esta política punitiva dos EUA.
 
“Em 60 anos eles acumularam enormes perdas econômicas, assim como outras limitações que impedem o desenvolvimento econômico e social de Cuba e têm um impacto direto sobre a população”, enfatizou uma declaração adotada.
 
Observou que desde 1992, em todas as suas sessões anuais e por uma maioria esmagadora, a Assembleia Geral da ONU adotou uma resolução sobre a necessidade de acabar com o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba.
 
“Nas 29 ocasiões anteriores, o Uruguai votou a favor desta resolução.
 
A Frente Ampla reitera sua condenação do bloqueio ilegal e criminoso contra Cuba, sem prejuízo disso, e em vista da consideração de um novo pronunciamento a ser feito em 6 de abril próximo”, prosseguiu, enfatizando.
 
A força esquerdista exige seu fim imediato e reivindica a posição que o Uruguai manteve sobre esta questão nas Nações Unidas, o maior e mais representativo fórum da comunidade internacional atual.
 
Os membros do Bureau Político da FA são Democracia Avanzada, Movimiento de Participación Popular, Fuerza Renovadora, Vertiente Artiguista, Partido Socialista, El Abrazo, Liga Federal e Nuevo Espacio.