Feliz regresso à Pátria
ALEGRIA. Essa sensação única, espontânea, que bem harmonizada com o gozo e orgulho de ter estar aí e dispor tudo –– inclusive a vida–– nas mãos de quem mais precisam, nunca terá maior dimensão da que corresponde. Com essa imagem se poderia ter descrito os rostos dos 21 integrantes do Contingente Internacional Henry Reeve que na manhã do domingo, 19 de junho, retornaram à Pátria, depois de 62 dias no Equador e dar assistência às vítimas do terremoto de abril passado.
“E é que somente uma pessoa com valores, inteireza e altruísmo é capaz de deixar seus entes queridos e marchar a lugares em condições difíceis e perante qualquer eventualidade, por um país irmão, por uma população que nunca esquecerá esse gesto”, assim ressaltou a vice-ministra cubana da Saúde, Marcia Cobas Ruíz, no ato de recepção que teve lugar no aeroporto internacional José Martí, da capital.
“Esse é o legado que nos deram nossos heróis, nosso Partido e nosso povo…, um trabalho imensurável que já faz parte da história da colaboração médica cubana”, acrescentou a funcionária, enquanto estendia as felicitações pela casualidade de que os médicos chegaram a casa precisamente quando se festeja o dia dos Pais.
Por sua parte, o doutor Ernesto Betancourt, chefe do contingente, destacou que o trabalho na terra equatoriana permite continuar a previsão heróica e de trabalho das anteriores brigadas. “Nestes dois meses atendemos a mais de 10.400 pessoas e foram realizadas em torno de 780 cirurgias”, precisou.
Da mesma forma, entregou às nossas autoridades da saúde pública o reconhecimento que a Assembleia Nacional do Equador lhes outorgou pelo apoio dado e a rápida resposta perante a catástrofe.
Em declarações ao jornal Granma, Hilda Pérez, especialista em psiquiatria, confessou que é enorme a satisfação de ter ajudado um povo que sofreu uma devastação terrível, com um terremoto de 7,8 na escala Richter e que causou centenas de perdas humanas. “Um orgulho que se dignifica e cresce porque estivemos aí, no lugar onde faleceram três companheiros nossos, e apesar disso continuamos trabalhando e essas pessoas humildes, singelas, que choravam porque não queriam que nós partíssemos sempre vão agradecer”.
Também neste domingo Jorge Fonseca, especialista em cuidados intensivos e fundador da brigada Henry Reeve, poderá sentar em suas pernas os quatro netos que o esperam na casa e desde há semanas contam as horas para seu regresso. “Nesta data tão especial, não pode haver melhor presente”, assegurou ao nosso jornal.
Não obstante, reconheceu que se bem eram muitos os desejos de regressar e estar junto a sua família, Equador precisava deles e aí era onde tinha que estar, as 24 horas, sem dormir, quase sem descansar, mas sempre com a satisfação de se saber que é útil.
E é que nossos médicos estão acostumados a chegar aos lugares mais intrincados, onde não vai ninguém, onde a esperança começa a tomar forma nos rostos dos cubanos.
No ato de boas-vindas também esteve presente a doutora Regla Luz Angulo Pardo e membros do conselho de direção da unidade central de cooperação médica em Cuba.