Condenam na Bolívia bloqueio e Lei Helms Burton de EUA contra Cuba
O Movimento Guevarista de Cochabamba, na Bolívia, condenou o bloqueio econômico que mantém hoje Estados Unidos contra Cuba e o aplicativo da Lei Helms Burton, medidas contra o desenvolvimento e bem-estar do povo da nação caribenha.
Mediante um pronunciamento realizado no departamento de Cochabamba (centro), os membros deste movimento exigiram justiça para a maior das Antilhas e o fim imediato das ações que impulsiona o Governo estadunidense contra esse país por quase 60 anos.
'O povo cubano é vítima da saña brutal do imperialismo estadunidense que afeta principalmente à saúde, pois impede a compra de insumos e matéria prima para a atenção, e a fabricação de produtos de primeira necessidade nos hospitais e centros de Pediatria', afirma o texto.
Assim, qualificam de inexplicável que em pleno século XXI, os Estados Unidos continuem com a guerra econômica contra Cuba, e exemplo disso é o aplicativo da Lei Helms Burton.
O Título III dessa Lei foi habilitado a partir de 2 de maio passado pelo Governo de Donald Trump, no que o chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, qualificou de ataque ao Direito Internacional e a soberania.
Desde sua entrada em vigor faz 23 anos com seus quatro Títulos, a Helms-Burton codifica o bloqueio imposto por Washington à Ilha há quase seis décadas, ainda que durante esse período os presidentes estadunidenses tinham suspendido o aplicativo efetivo do número III a cada seis meses.
Esse parágrafo outorga aos cidadãos estadunidenses a possibilidade de apresentar em cortes federais demandas contra quem, segundo Washington, trafiquem com as propriedades nacionalizadas depois do triunfo da Revolução, o qual procura evitar a chegada a Cuba de investimentos estrangeiros.
Os Guevaristas de Cochabamba recordaram que Estados Unidos tenta destruir a Revolução cubana e amedrontar a seu povo há mais de meio século, mas 'não conseguiram e não o conseguirão porque Cuba não está sozinha', asseguraram
'A Revolução cubana está mais vigente que nunca. Cuba mostrou-nos o caminho com sua luta consequente e a solidariedade expressada com nosso povo apesar dos efeitos do bloqueio criminoso', ressalta o documento.
De acordo com dados do Ministério de Saúde Pública de Cuba, nos últimos 55 anos mais de 400 mil profissionais desse setor cumpriram milhares de missões internacionalistas em 164 nações.
Na Bolívia, desde 2006 até a atualidade, oito mil trabalhadores cubanos da saúde atenderam a pessoas de escassos recursos, em todo o país se realizaram mais de 70 milhões de consultas médicas e se salvaram umas 100 mil vidas.