Os Estados Unidos contra Cuba: seis décadas de ações terroristas
Ao comemorarmos hoje o Dia Internacional de Homenagem às Vítimas do Terrorismo, Cuba recorda suas mais de três mil mortes como resultado de ações violentas organizadas a partir dos Estados Unidos nas últimas seis décadas.
A lista de atos terroristas contra a maior das Antilhas é longa e varia de militares a agressões econômicas, biológicas, diplomáticas, psicológicas, midiáticas e de espionagem, bem como a execução de atos de sabotagem e tentativas de assassinato de líderes.
No total, 3.478 cubanos foram mortos e 2.999 ficaram incapacitados como resultado dos violentos planos de Washington contra a ilha.
Um evento que marcou a história das agressões contra a nação caribenha ocorreu em 6 de outubro de 1976, quando um avião da Cubana de Aviación saindo de Barbados para Havana explodiu em pleno ar com 76 pessoas a bordo; nenhuma sobreviveu.
Esse ataque, segundo as investigações, foi orquestrado a serviço da Agência Central de Inteligência (CIA) pelos terroristas cubanos Luis Posada Carriles e Orlando Bosch, que mais tarde se refugiaram em Miami até suas mortes. Além disso, as ações terroristas incluíram a sabotagem do vapor francês La Coubre em março de 1960, que deixou mais de 100 mortos e 400 feridos; a introdução da epidemia de dengue hemorrágica em 1981, que causou 158 mortes, incluindo 101 crianças; e mais de 600 tentativas de assassinato do líder histórico da Revolução, Fidel Castro.
Há também a invasão mercenária da Playa Girón em abril de 1961, realizada com o apoio da CIA e que resultou em uma derrota militar para os Estados Unidos, mas deixou 176 cubanos mortos e mais de 300 feridos.
No final dos anos 90, em meio ao boom da indústria turística nacional, terroristas a serviço de Washington colocaram explosivos em hotéis de Havana, um dos quais causou a morte do turista italiano Fabio Di Celmo.
Cinco cubanos que se infiltraram em grupos terroristas em Miami para evitar tais atos foram presos lá por 15 anos apesar da falta de provas contra eles, então uma campanha internacional exigiu sua liberdade.
Em maio de 1999, o povo cubano entrou com uma ação judicial junto ao governo dos Estados Unidos exigindo o pagamento de 181 bilhões de dólares pelos danos causados pelo terrorismo de Estado à maior das Antilhas; no entanto, embora o pedido permaneça em vigor, a Casa Branca não atendeu.
A história deste tipo de ação não termina aí, já que em 30 de abril deste ano a embaixada da ilha em Washington foi atacada por balas e as autoridades cubanas mostraram evidências ligando o autor dos tiros com grupos de extrema direita na Flórida.
Depois desse tiroteio, o Departamento de Estado incluiu Havana em uma lista unilateral de países que 'não cooperam' na luta contra o terrorismo, o que Cuba chamou de 'ato político, deliberado e profundamente desonesto'.