O México instará os Estados Unidos a retomar o progresso nas relações com Cuba
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse em 13 de fevereiro que seu governo tentará persuadir e interceder junto ao seu homólogo norte-americano para buscar um acordo que permita a Cuba ser aliviada das sanções do bloqueio econômico, comercial e financeiro, e retomar os avanços feitos durante a presidência de Barack Obama, que foram revertidos com Donald Trump no poder.
«Qual é a culpa de nossos irmãos e irmãs cubanos de que um poder não goste de sua ação soberana», perguntou na entrevista coletiva de manhã da segunda-feira, 13 de fevereiro.
A uma pergunta, respondeu que a política externa de seu país adere à autodeterminação dos povos e, portanto, sempre condenou tal injustiça.
«Não é só o México», disse. «Na ONU, a grande maioria é contra o bloqueio de Cuba, mas geralmente acontece que a Assembleia conclui e, como o veto de um país funciona, nada pode ser feito, e assim por diante, ano após ano. É importante que isto seja tratado como uma questão fundamental de direitos humanos porque, sem dúvida, é uma violação flagrante dos direitos humanos de um povo inteiro».
López Obrador declarou que ninguém pode cercar ou bloquear uma nação por razões políticas e ideológicas, e denunciou que há muitos nos EUA que se beneficiam deste tratamento desumano contra Cuba e o usam como uma forma de subir a escada política ou subir a pirâmide dos negócios.
Outras reflexões também condenaram a inclusão injusta da Ilha na lista de patrocinadores do terrorismo, e lembraram as implicações desta acusação. «Não há elementos ou provas para acusar Cuba de promover o terrorismo», afirmou.
Enfatizou que o verdadeiro objetivo do bloqueio é provocar o povo cubano a virá-lo contra seu governo, e que isto prejudica profundamente a imagem dos Estados Unidos perante o mundo, especialmente quando há uma tendência dentro do povo norte-americano de condenar estas atitudes hegemônicas.