EUA: lista de entidades cubanas restritas soma novos hotéis
Cinco novos hotéis estão incluídos a partir hoje na controvertida lista de entidades e subentidades cubanas restritas para os estadunidenses por decisão do governo do presidente Donald Trump.
O secretário norte-americano de Estado, Mike Pompeo, anunciou na sexta-feira que uma vez mais se ampliaria essa listagem, dado a conhecer pela primeira vez em novembro de 2017 como parte das medidas da administração Trump para limitar mais o comércio com a ilha caribenha e as viagens dos norte-americanos.
Desde esta terça-feira, e como ocorre já com mais de 200 entidades e subentidades, os estadunidenses proibiu fazer transações financeiras diretas com
Grande Hotel Bristol Kempinski, localizado em Havana; e Grand Aston Varadero Resort, localizado no famoso balneário de Varadero, Matanzas.
Também ficam vetados para os viajantes norte-americanos o Grand Aston Cayo As Bruxas Beach Resort e Spa, o Grande Muthu Imperial Hotel e o Grande Muthu Rainbow Hotel, os três localizados no arquipélago Jardins do Rei
Esta é a quinta ocasião em que o executivo estadunidense atualiza a lista para incluir novos nomes, pois anteriormente já o fez em novembro de 2018, e em março, abril e julho de 2019.
Cuba qualificou de arbitrária essa lista, integrada por uma diversidade de estruturas supostamente vinculadas ao setor da defesa e a segurança nacional.
Nele se incluem dos ministérios das Forças Armadas e do Interior, e a Polícia Nacional Revolucionária, até empresas, sociedades anônimas, a Zona Especial de Desenvolvimento Mariel, e os Terminais de Contêineres de Mariel e Havana, além de uma grande quantidade de hotéis.
A relação faz parte das muitas medidas adotadas pelo governo de Trump a raiz da decisão do republicano de reverter o processo de aproximação que iniciaram os dois países durante o executivo de seu predecessor, Barack Obama (2009-2017).
O anúncio de Pompeo de que se ampliaria a lista se deu a conhecer um dia antes de 16 de novembro, quando Cuba celebrou o 500 aniversário da fundação de sua capital, Havana, uma efeméride em torno da qual se realizaram importantes atividades em nível nacional e internacional.
De acordo com um comunicado do secretário de Estado, a data escolhida para a nova arremetida contra a ilha esteve relacionada precisamente com tal comemoração. Mediante sua declaração, Pompeo acusou às autoridades do território vizinho de falhas em seu gerenciamento econômico e de supostas violações dos direitos humanos, ao mesmo tempo em que voltou a mencionar a solidariedade de Cuba com Venezuela e o governo constitucional de Nicolás Maduro.
Esse texto novamente ignorou os graves danos econômicos que provoca a Cuba o bloqueio imposto por Washington há quase 60 anos, uma política condenada uma vez mais neste mês na ONU pela abrumadora maioria da comunidade internacional e considerada a principal violação dos direitos humanos dos cubanos.